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Testemunha responderá por ferir honra de Matsunaga em júri

2 dez 2016 - 19h08
(atualizado às 19h09)
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Foto: Oslaim Brito / Futura Press

O médico perito criminal Sami El Jundi foi acusado pela defesa de Marcos Matsunaga, assassinado e esquartejado em maio de 2012, de crime contra a honra da vítima. O advogado da defesa, Luiz Flávio Borges D'Urso, disse que vai entrar com uma ação penal contra ele e com uma representação no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, onde ele exerce a atividade. 

El Jundi é uma das testemunhas de defesa de Elize Matsunaga, 35 anos, que está sendo julgada pelo crime. A ex-mulher do empresário foi presa duas semanas depois do homicídio, após confessar ser a autora do do tiro e do esquartejamento. 

Durante o seu depoimento, que dura mais de 6 horas e estava em andamento às 18h, El Jundi fez dois comentários que foram vistos pela defesa como ofensivos à vítima. No primeiro deles, quando analisava os esquartejamento de Marcos, sugeriu que o ânus de Matsunaga ficava em um local diferente do habitual.

Isso porque a perícia oficial afirmou que não houve seção do intestino da vítima durante o esquartejamento, que foi feito acima na região do abdômen.

Em outra crítica à perícia, que afirmou não haver presença de sangue em uma peça íntima da vítima, se referiu ao material, em tom irônico, como catchup.

Ao fazer a solicitação ao juiz para que o protesto constasse em ata, D'Urso começou a bater boca com o advogado de defesa de Elize, Luciano de Freitas Santoro. Disse que iria tomar as providências judiciais em nome da família.

Santoro interviu e, já com um tom tom de voz mais áspero, disse que D'Urso estava intimidando a testemunha, o que é crime. Como resposta, em tom ainda mais alto, ouviu que a acusação de crime não era verdadeira e também ameaçou o advogado de processo.

Somente nesse ponto o juiz Adilson Paukoski Simoni tentou acalmar os ânimos, dizendo que o plenário estava parecendo uma feira, com todos falando ao mesmo tempo. Ele fez constar as queixas de ambos e seguiu a audiência.

Em seu depoimento, Sami El Jundi, que participou da exumação de Marcos Matsunaga, negou que a vítima tenha sido esquartejada enquanto estava viva. 

Durante boa parte de seu depoimento, o perito contestou o laudo oficial. Segundo ele, os métodos utilizados pelo perito Jorge Pereira de Oliveira, que foi ouvido na última quarta-feira, foram equivocados. Jorge foi responsável pela necropsia das partes localizadas pela polícia.

O crime 

O executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio de 2012. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi baleado e depois esquartejado. 

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, então com 31 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho de 2012.

Fonte: Especial para Terra
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