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Trabalhadores protestam em SP contra medidas do governo

15 set 2015 - 14h03
(atualizado às 14h03)
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Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

Trabalhadores e sindicalistas ocuparam na manhã de hoje (15), por cerca de duas horas e meia, um quarteirão da Avenida Paulista. Ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), os manifestantes fizeram ato pela campanha salarial unificada de várias categorias e criticam medidas anunciadas ontem (14) pelo governo para equilibrar as contas públicas. O grupo estava em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) no sentido Paraíso e, em consequência, o trânsito ficou interrompido a partir da Rua Peixoto Gomide, causando lentidão na circulação de veículos.

Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

No início da manifestação, por volta das 10h, lideranças sindicais criticaram o conjunto de medidas anunciado ontem (14) pelo governo para minimizar a crise econômica. O presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, lamentou as medidas, que incluem aumento de arrecadação, classificando-as de recessiva e destacou que o pacote “imputa culpa da crise aos trabalhadores".

Para o líder sindical, a criação de impostos como medida para obter receita seria bem-vinda se fosse aplicada apenas a quem ganha mais. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou ontem (14) que o governo pretende criar um tributo nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com alíquota de 0,2%, para elevar a arrecadação e ajudar a fazer superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) em 2016. De acordo com Levy, a volta imposto resultará em arrecadação de R$ 32 bilhões.

Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press

A CUT vai enviar um ofício à presidenta Dilma Roussef solicitando uma audiência para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores com as medidas. A central também vai divulgar propostas alternativas.

Apesar das críticas ao pacote de medidas, Wagner Freitas disse que a CUT e entidades coligadas apoiam o mandato da presidenta Dilma Rousseff. "O mandato é legítimo e tem de acabar em 2018 para que o Brasil não tenha condições piores do que essas”.

Agência Brasil Agência Brasil
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