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Trânsito é motivo de insatisfação para paulistano, diz pesquisa

21 jan 2014 - 15h45
(atualizado às 15h50)
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Os moradores da capital paulista classificam o trânsito como uma das principais razões de insatisfação para quem vive na cidade. Em estudo da Rede Nossa SP, em parceria com o Ibope, os entrevistados deram nota 3,9 (em escala de um a dez) para a mobilidade na metrópole. A pesquisa mostrou também que 93% dos paulistanos consideram São Paulo um lugar "pouco seguro" ou "nada seguro" para se viver.

Desde quando a pesquisa começou, em 2009, a insatisfação com o tamanho da rede do metrô é um dos aspectos que mais aumenta. Para Márcia Cavallari, diretora do Ibope Inteligência, os dados revelam que a expansão do metrô não acompanha a demanda de passageiros. "Os metrôs (que inauguram) já começam com problemas de funcionamento pela lotação das estações", disse.

Foram avaliados o tempo de espera para ônibus, que recebeu nota 3,9 (4,1 em 2012), e a pontualidade dos coletivos, com pontuação 4 (3,9 em 2012). A pesquisa também abordou a prioridade do transporte coletivo para o paulistano no sistema viário. Os corredores exclusivos para ônibus receberam nota 4,1 em 2013. No ano anterior, a pontuação havia sido de 3,9.

A nota atribuída ao custo da tarifa do transporte coletivo melhorou, passando de 3,6 em 2012 para 3,9 no ano passado. "Temos que lembrar que não houve aumento depois das manifestações de julho", destacou Márcia.

Por outro lado, aumentou a satisfação do paulistano em relação à quantidade de ciclovias na capital: passou de 4,1 em 2012 para 4,2 em 2013. "Esse é um indicador crescente desde a primeira medição, que vem sempre, de pouco em pouco melhorando".

Quanto aos aspectos que mais trouxeram satisfação ao paulistano, ficaram no alto do ranking trabalho e relações humanas (amigos, família e comunidade). No ano passado, a média obtida para relações humanas foi 6,2, enquanto no ano de 2012 foi de 6,5. A nota do paulistano para a satisfação com o trabalho foi 6,1 na última pesquisa e 5,8, em 2012.

A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 23 de dezembro do ano passado com mais de 1,5 mil moradores da capital paulista, com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é 3 pontos percentuais. O estudo abordou 25 temas entre questões objetivas da cidade como saúde, educação, meio ambiente, habitação, trabalho, além de questões subjetivas como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer. 

Agência Brasil Agência Brasil
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