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Trânsito

Metroviários de SP decidem aderir à greve geral e param na próxima 5ª

5 jul 2013 - 03h13
(atualizado às 03h14)
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O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovou em assembleia na noite desta quinta adesão à paralisação convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais para a próxima quinta-feira (11).

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos
Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas em todo o País

O sindicato, no entanto, marcou uma assembleia para o dia 10 a fim de avaliar a decisão tomada esta noite. No mesmo dia, os sindicatos dos metroviários do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, Pernambuco e do Distrito Federal (DF) deverão decidir se vão participar do movimento.

Os metroviários pedem, entre outras reivindicações, a redução da tarifa do transporte público, mais investimentos para garantir metrô e trens de qualidade e o fim de toda forma de privatização, concessões e terceirizações no transporte público.

Eles também querem o fim do fator previdenciário; mais investimentos em saúde, educação e moradia e redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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