SP: protesto do MPL tem trajeto bloqueado, bombas e feridos
Mais um protesto organizado pelo Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo acabou com cenas de violência, bombas de gás lacrimogênio disparadas pela Polícia Militar e manifestantes feridos. Nesta quinta-feira, no chamado "5º grande ato contra o aumento", na região central da cidade, mais uma vez não houve entendimento entre PMs e os organizadores sobre o trajeto a ser percorrido.
A passeata teve início às 17h no terminal parque Dom Pedro que, segundo os organizadores do evento, é o "símbolo da nossa humilhação diária". O trajeto definido pelos manifestantes e divulgado duas horas antes incluía passagens pela rua General Carneiro, rua Boa Vista, Secretaria de Transportes, rua Libero Badaró, Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo, rua Conselheiro Crispiniano, avenida São João, avenida Ipiranga, avenida Sao Luis, Câmara Municipal de SP, rua Asdrúbal do Nascimento, avenida 23 de maio e terminando na Assembléia Legislativa do Estado. No entanto, não teve a aprovação da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
A tensão entre os dois lados teve início ainda na concentração no terminal Dom Pedro, em discussão acalorada sobre a definição do trajeto. No entanto, o momento de maior tumulto foi já no início de noite, na Praça da República, quando a PM ordenou que os manifestantes não seguissem a passeata e terminassem o protesto ali. Foi quando um grupo furou o bloqueio policial e teve início a sequência de spray de pimenta, bombas de efeito moral gás e balas de borracha.
Segundo o MPL, quatro manifestantes estão detidos no 1º Distrito Policial e vários estão feridos com "estilhaços de bombas e ferimentos severos de balas de borracha". Também foi possível ver a ação de grupos de black blocs queimando sacos de lixos e destruindo bares, lojas e bancos da região central da cidade.
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