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Trânsito

'Tem de pedir perdão a Deus', diz mãe de ciclista que perdeu o braço

David Santos Souza, 21 anos, foi atropelado na avenida Paulista

16 mar 2013 - 09h21
(atualizado às 09h21)
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<p>Ciclista David foi atropelado na avenida Paulista no &uacute;ltimo domingo</p>
Ciclista David foi atropelado na avenida Paulista no último domingo
Foto: Fábio Condutta / Terra

A mãe do ciclista David Santos Souza, 21 anos, que perdeu um braço após ser atropelado na avenida Paulista no último domingo, disse na sexta-feira que perdoa o universitário Alex Kozloff Siwek, 21 anos, preso no mesmo dia do acidente. Mesmo assim, a empresa a empregada doméstica Antonia Ferreira dos Santos, 51 anos, afirmou que ainda não foi procurada pela família do motorista. "Perdoar a gente perdoa. Mas, agora, ele tem de pedir perdão a Deus pelo que fez. O David também falou que o perdoa", contou. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo

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O ciclista ainda está internado no hospital. De acordo com Antonia, o filho tem assistido à TV, às matérias que passam sobre ele, mas tem conversado pouco. "Quando a gente vai embora do quarto, ele se emociona e chega a chorar", disse. Ela confessa que no começo chegou a sentir raiva do atropelador Siwek, mas que agora passou. "Não consigo dizer o que sinto agora. A única coisa que penso é que ele deveria ter um pouco mais de responsabilidade. Queria que ele pensasse mais e se pusesse no lugar da família com a qual ele fez isso", relatou.

O acidente

David ia de bicicleta para o trabalho na madrugada de domingo quando foi atropelado por Alex e teve parte de seu braço amputado. Após o acidente, o universitário fugiu do local sem prestar socorro à vítima, com o braço do limpador de vidros dentro de seu carro. Ele ainda jogou o membro em um córrego próximo à avenida Doutor Ricardo Jafet. 

Depois de se entregar à polícia, o estudante se negou a fazer exame de bafômetro, de sangue e urina, e só realizou o exame clínico no Instituto Médico Legal (IML) às 11h21, mais de cinco horas depois do acidente. Testemunhas disseram que Alex apresentava sinais de embriaguez, e que ele dirigia em alta velocidade pela avenida Paulista, cortando os outros veículos, antes de atropelar David. 

No exame, já entregue à polícia, a médica afirma que o atropelador apresentava sinais de embriaguez, mas negou que Alex estivesse embriagado. A polícia pretende ouvi-la para esclarecer a situação. 

A comanda deixada por Alex na casa noturna Josephine, no Itaim Bibi, onde o jovem esteve na noite do acidente, mostra que ele consumiu três doses de vodca e um energético. A polícia ainda não conseguiu localizar gravações que mostrem o momento do acidente, e ainda está à procura de imagens. 

Fonte: Terra
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