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Veja quem deve parar nesta sexta nas principais capitais

28 abr 2017 - 07h23
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Protesto no saguão do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (28). A manifestação não afeta o embarque e desembarque de passageiros. O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Protesto no saguão do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (28). A manifestação não afeta o embarque e desembarque de passageiros. O ato faz parte do movimento nacional intitulado “Greve Geral" contra a reforma da Previdência e reforma trabalhista.
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

Convocada por centrais sindicais e movimentos socais, a greve geral marcada para hoje (28) em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, e a Lei da Terceirização deve parar os serviços de transporte coletivo, aeroportos e escolas em todo o País.

No Distrito Federal (DF), pelo menos 21 sindicatos que representam trabalhadores de diversas categorias aprovaram, em assembleia, apoio à greve geral. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no DF, cruzarão os braços os rodoviários, metroviários, aeronautas, bancários, professores da rede pública e privada, servidores administrativos do governo do DF e do Departamento de Trânsito (Detran), além de técnicos e professores da Universidade de Brasília (UnB).

Também vão aderir à greve geral vigilantes, trabalhadores do setor de hotéis, bares e restaurantes, servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), da Companhia Energética de Brasília (CEB), do Ministério Público da União e das cidades do Entorno do DF, como Formosa, Águas Lindas e Valparaíso, além dos trabalhadores do ramo financeiro, como os de transporte de valores.

Apesar de os sindicados, oficialmente, não terem marcado atos em virtude da paralisação dos transportes públicos, está prevista uma manifestação, às 11h, no gramado central da Esplanada dos Ministérios.

Em São Paulo, ao menos 15 categorias informaram que vão parar, entre elas os metroviários (com exceção da Linha Amarela), ferroviários (Linhas 7, 10, 11 e 12 da CPTM não funcionarão), professores da rede pública estadual, municipal e particular, bancários de São Paulo, Osasco e região, servidores municipais, trabalhadores da Saúde e Previdência do estado e metalúrgicos do ABC.

Também vão parar os rodoviários de São Paulo, Guarulhos (paralisação de 24 horas, com contingente de 30% da frota), Santos, Campinas, Sorocaba e região, petroleiros das refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão, portuários de Santos; petroleiros das refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e os funcionários dos Correios, que decretaram greve nacional por tempo indeterminado.

Aeroviários paulistas decidiram pela adesão à greve geral a partir das 5h. A paralisação envolve funcionários das empresas aéreas que atuam no check-in, como auxiliares de serviços gerais, mecânicos de pista, despachantes de voo, entre outros cargos, do Aeroporto de Guarulhos.

Por causa da paralisação, as companhias Avianca, Gol e Latam informaram, em nota, que os voos poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais.

Trabalhadores do Porto de Santos também aprovaram em assembleia a participação na greve geral.

No Rio de Janeiro, os funcionários do metrô e os motoristas e cobradores de ônibus vão parar nas primeiras horas de hoje (28), assim como professores das escolas públicas e particulares, policiais civis, militares e federais, servidores da Justiça Federal e Trabalhista, radialistas, petroleiros, carteiros e aeroviários.

A Secretaria Estadual de Transportes informou que os sistemas de metrô, trens, barcas e ônibus intermunicipais funcionarão normalmente, mas que há planos de contingência. A concessionária do serviço ferroviário no estado e a MetrôRio, que administra o metrô da cidade, informaram que vão monitorar a demanda de passageiros para reforçar a operação, caso haja necessidade.

Segundo as empresas municipais de ônibus, que operam por meio da Rio ônibus, o trabalhador que não comparecer será considerado ausente e estará sujeito às punições previstas na legislação trabalhista. A concessionária do VLT Carioca informou que o Veículo Leve sobre Trilhos terá operação normal nas linhas 1 e 2 .

As secretarias estadual e municipal de Educação informaram que as escolas funcionarão normalmente. Os profissionais que faltarem terão o ponto cortado. O Colégio Federal Pedro II enviou nota informando que amanhã será ponto facultativo e que não vai descontar o dia de quem não for trabalhar.

Em Minas Gerais, ao menos 14 categorias já decidiram em assembleia aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais. Vão participar da greve: rodoviários, metroviários, professores das redes pública e privada, servidores públicos, profissionais da saúde, trabalhadores dos Correios, eletricitários, bancários, psicólogos, economistas, jornalistas, radialistas, petroleiros e aeroportuários, entre outros. A maior mobilização ocorrerá em Belo Horizonte, onde está previsto um ato nas ruas do centro a partir das 9h.

Os professores das escolas municipais de Belo Horizonte aprovaram uma greve de dois dias, que começou ontem (27). Professores e servidores da Universidade Federal de Minas Gerais também decidiram cruzar os braços, assim como os das universidades federais de Juiz de Fora, de Viçosa e de Uberlândia. Segundo o Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, docentes de mais de 30 escolas e universidades particulares da capital não irão trabalhar, entre elas a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.

Bancários de diversos municípios também aprovaram a adesão, e as agências devem ficar fechadas em Juiz de Fora, Patos de Minas, Ipatinga, Uberaba, Cataguases, Divinópolis e Teófilo Otoni, além de Belo Horizonte.

No caso da saúde, algumas unidades vão funcionar com escala mínima. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), é o caso do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e dos hospitais Júlia Kubistchek e Odete Valadares.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) concedeu liminar à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), determinando que 80% dos trens circulem nos horários de pico e 60% nos demais horários. O sindicato será multado em R$ 250 mil caso descumpra a decisão. O Sindicato dos Metroviários diz que a paralisação deve ser geral.

O TRT-MG declarou feriado o dia de amanhã no órgão, suspendendo as audiências e os prazos que venceriam na data, que serão prorrogados para o primeiro dia útil seguinte.

A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Confins, informou que os serviços serão oferecidos normalmente, mas recomenda que os passageiros informem-se previamente com as companhias aéreas sobre a situação de seus voos.

Na Bahia, pelo menos seis categorias profissionais pretendem suspender as atividades. Os rodoviários em Salvador iniciaram a paralisação à meia-noite. As agências bancárias estarão fechadas. Como segunda-feira (1º) é feriado, os serviços internos serão retomados terça-feira (2).

Professores das redes estadual e municipal vão aderir à greve geral. Os médicos estaduais também informaram que vão suspender os atendimentos eletivos (como consultas). Os serviços de urgência e de emergência serão mantidos. Os petroleiros vão parar, assim como os servidores municipais, da Justiça e do Ministério Público Estadual.

A prefeitura de Salvador informou que os servidores que faltarem "sem justificativa para a ausência terão o ponto cortado" e que os funcionários que forem trabalhar poderão usar serviços de táxis sem custo, nos horários de início e fim de expediente.

No Aeroporto Internacional de Salvador, aeronautas (pilotos e comissários de voo) anunciaram adesão ao movimento, e voos poderão ser cancelados ou remarcados. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas orienta os passageiros com viagem marcada para que entrem em contato com a empresa aérea e se informem sobre possíveis cancelamentos e remarcações.

No Ceará, pelo menos 21 cidades terão paralisações e atos. Várias categorias já anunciaram adesão à greve geral, a exemplo dos profissionais da educação, da construção civil e do transporte público. Os servidores do Judiciário também informaram que participarão da greve.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social reforçará o número de policiais militares em praças, nos terminais de integração do transporte coletivo e nas principais avenidas. A Autarquia Municipal de Trânsito vai atuar na organização do fluxo de veículos nos locais onde houver manifestações.

Em Pernambuco, policiais civis, federais, rodoviários federais, agentes penitenciários e guardas municipais do Recife e dos municípios de Camaragibe e Ipojuca, região metropolitana da capital, aderiram à mobilização.

No setor público, vão parar servidores da Assembleia Legislativa e do Ministério Público, professores e servidores da Universidade de Pernambuco e auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do estado.

Professores e profissionais das redes estadual, municipal e privada de educação de todo o estado também aderiram ao movimento. Houve adesão também de metalúrgicos, petroleiros, químicos, indústria naval, construção pesada, bancários e comerciários. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), categorias como psicólogos, farmacêuticos, odontologistas, porteiros, técnicos de enfermagem, enfermeiros e condutores de ambulância aprovaram, em assembleia, a greve.

Quanto ao funcionamento dos ônibus e do metrô, a desembargadora Gisane Barbosa de Araújo, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), determinou que 50% da frota circulem nos horários de pico e 30% nos demais períodos. Foi estabelecida multa de R$ 100 mil caso haja descumprimento. O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco informou que a paralisação está mantida.

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