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Vereadores de BH aumentam salários em votação "relâmpago"

15 dez 2016 - 16h18
(atualizado em 19/12/2016 às 13h43)
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Foto: Reprodução

Não houve crise financeira, situação de emergência nem os protestos contra a aprovação da PEC do teto que constrangesse os vereadores de Belo Horizonte a reajustarem seus salários em quase R$ 1.400. Numa das votações mais rápidas já ocorridas na Câmara Municipal de BH, 25 parlamentares concordaram em ter seus vencimentos reajustados em quase 10%.

O polêmico projeto aprovado é de autoria do vereador e presidente da casa, Wellington Magalhães (PTN) afastado de suas funções por suspeitas de enriquecimento ilícito, recebimento de propina e lavagem de dinheiro. No entanto, nada deteve ou fez a maioria dos vereadores mudar de ideia.

Com o reajuste, os ocupantes das 41 vagas receberão, cada um, R$ 16.435,88 mensalmente a partir de janeiro. A assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores informou que o último reajuste nos salários dos vereadores havia ocorrido há quatro anos, em 2012. Ainda segundo a a Câmara, até 2020 os reajustes serão concedidos de acordo com a inflação do ano anterior.

A medida é legal, vale destacar, mas foi tomada num dos momentos mais delicados vividos pela população brasileira na última década e na contramão das decisões que vem sendo tomadas pelos poderes executivos. A notícia do aumento surpreendeu por ter sido tomada num dia em que há pouco quórum de parlamentares e quase não havia jornalistas acompanhando a sessão.

Redução de secretaria municipais

Já no executivo municipal, o prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS) já anunciou que, pelo menos, nove secretarias e cinco órgãos com status semelhante serão extintas durante sua administração. A equipe de transição espera economizar até 4% do orçamento (R$ 11 bi) somente com a extinção de 18 mil cargos terceirizados.

Crise financeira

Na semana passada (6 de dezembro) o governador Fernando Pimentel (PT) decretou calamidade financeira no Estado. A situação classificada por Pimentel como “incontornável” obrigou MG a tomar esta medida para evitar o que chamou de “colapso na prestação dos serviços públicos”. Durante reunião com o presidente Michel Temer na quarta-feira (14) em Brasília, o governador mineiro tratou da dívida do estado com a União.

Fonte: Especial para Terra
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