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Whatsapp baniu 400 mil perfis na campanha eleitoral de 2018

Em documento enviado à CPMI, a rede social afirma que as contas foram banidas em razão de violações aos termos de serviço

19 nov 2019 - 07h27
(atualizado às 08h12)
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Documento enviado pelo aplicativo de mensagens à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018 diz que banimentos são decididos pelo comportamento das contas e não pelo conteúdo.O aplicativo de mensagens Whatsapp relatou à CPMI ter banido mais de 400 mil contas no Brasil entre os dias 15 de agosto e 28 de outubro de 2018, quando ocorreu o segundo turno das eleições presidenciais.

A rede social afirma que as contas foram banidas em razão de violações aos termos de serviço do aplicativo.

"Como o Whatsapp é uma plataforma criptografada, nossas decisões contra atividades automatizadas e de envio de mensagens em massa são baseadas no comportamento dos perfis ao invés do conteúdo das mensagens", afirma a empresa, acrescentando que em torno de dois milhões de contas são banidas em todo o mundo todos os meses.

A CPMI pediu os dados não criptografados das contas banidas, incluindo os números de telefone e os nomes dos perfis, "por suspeita de uso de robôs, disparo em massa de mensagem e disseminação de fake news e discurso de ódio" durante a campanha eleitoral.

A empresa, porém, disse que armazena informações de registros de acesso por um período de apenas seis meses, e que não seria possível recuperar todos esses dados.

Há, porém, dados de contas banidas que violaram os termos de serviço do aplicativo e que estavam associadas à divulgação de dados para tribunais eleitorais no Brasil ou que foram preservadas por estarem ligadas a casos eleitorais, "por suspeita de spam, mensagens em massa ou automatizadas".

No documento enviado à CPMI, a empresa afirma que "proíbe expressamente o uso de qualquer aplicativo ou robô para enviar mensagens em massa ou para criar contas ou grupos de maneiras não autorizadas ou automatizadas", e que o aplicativo possui uma "capacidade avançada de detecção de abuso".

"Depois que um usuário registra com êxito um perfil no Whatsapp, nós procuramos sinais de automação ou comportamento anormal de envio de mensagens. Por exemplo, se um usuário faz alterações rápidas em seu catálogo de contatos ou os números não são compartilhados reciprocamente entre os usuários, isso pode indicar que um remetente obteve números sem o consentimento do usuário", disse a empresa.

Entre as ações adotadas pelo Whatsapp, está também a limitação do encaminhamento de mensagens para mais de cinco conversas por vez, além da rotulação de mensagens como "encaminhadas", ou "altamente encaminhadas", o que ajuda a identificar conteúdo não pessoal.

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