Zé Trovão diz que se entregou à Justiça brasileira; vídeo
"Não sei quanto tempo vou passar no cárcere, mas tudo isso é pelo Brasil", afirmou Zé Trovão em vídeo; assista
O caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, divulgou no início da tarde desta terça-feira (26), em seu grupo do Telegram, um vídeo no qual afirma que se entregou à Justiça, em Santa Catarina.
“Neste dia 26 de outubro de 2021, me entreguei à Justiça brasileira, me apresentei à Justiça brasileira. Porque como diz nosso hino: 'Verás que o filho teu não foge à luta', disse Zé Trovão.
"Eu jamais iria abandonar o povo brasileiro. Quando saí do Brasil, saí para continuar falando e motivando cada um dos senhores brasileiros de bem para lutar por uma nação justa, digna e plena", continuou.
"Por respeito a cada um dos senhores, ao agradecimento pelos quase 20 mil inscritos aqui no meu canal, digo 'muito obrigado'. Não sei quanto tempo vou passar no cárcere, mas tudo isso é pelo Brasil, cada ser humano, cada cidadão de bem”, afirmou ainda o caminhoneiro.
Veja abaixo o vídeo na íntegra:
Ze Trovão se entregou à PF em Joinville, onde mora, nesta terça-feira, após voltar ao Brasil através da fronteira brasileira com o Peru, depois de ter chegado a Lima em um voo vindo da Cidade do México. Em nota, seus advogados afirmaram que o caminhoneiro "está ao dispor da Justiça para provar sua inocência" e que tomarão medidas para pedir sua liberdade.
Ordem de prisão
Zé trovão teve a prisão decretada após convocar "atos violentos de protesto" para o 7 de Setembro. No período em que ficou foragido da Justiça, ele chegou a ir para o México, alegando que buscava "asilo político".
A ordem de prisão preventiva contra o caminhoneiro foi mantida pelo Supremo Tribunal Federal. Em despacho datado do dia 21 de setembro, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a organização de manifestações violentas no feriado do 7 de setembro, afirmou que o caminhoneiro 'tenta burlar a aplicação da lei penal'.
Além de ter a prisão decretada no Âmbito das apurações que tramitam junto ao STF, Zé Trovão também foi alvo de outras medidas cautelares - chegou a ser proibido de se aproximar da Praça dos Três Poderes e foi alvo de buscas no âmbito da mesma operação que atingiu o cantor Sérgio Reis.
Segundo a decisão que determinou as buscas, cumpridas em agosto, a articulação para uma espécie de 'levante' no 7 de Setembro teve início com Zé Trovão.
Despacho assinado pelo ministro Alexandre de Moraes diz que o caminhoneiro "incitou seguidores, a pretexto de fazer um pronunciamento sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, a invadir o Supremo e o Congresso Nacional e a 'partir pra cima' do Presidente e do Relator da CPI da Pandemia de modo a 'resolver o problema (do aumento) dos combustíveis no Brasil'".
*Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters