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Brasileira tenta deixar o Líbano e relata: "Os ataques de Israel não param"

Leila Salim viajou ao Líbano para estudar árabe e desenvolver um projeto de pesquisa, que inicialmente estava planejado para o próximo ano

2 out 2024 - 13h25
(atualizado às 13h36)
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Brasileira relata situação no Líbano
Brasileira relata situação no Líbano
Foto: Reprodução / G1 / Perfil Brasil

Leila Salim Leal, uma jornalista do Rio de Janeiro, compartilha com o site G1 sua experiência com os desafios árduos no Líbano, onde vive atualmente. Casada com um libanês, ela enfrenta uma decisão difícil: retornar ao Brasil enquanto seu marido permanece no país para cuidar da mãe. "A situação no Líbano está cada vez mais tensa, com uma crise humanitária profunda que só piora a cada dia. Os ataques de Israel estão se intensificando", explica.

Leila viajou para estudar árabe e desenvolver um projeto de pesquisa, inicialmente planejado para o próximo ano. Porém, a escalada de violência no Oriente Médio forçou-a a repensar seus planos e se preparar para voltar ao Brasil. A complexidade desse dilema é visível em cada relato de sua vida diária em Beirute.

Como é viver em meio à tensão no Líbano?

Residindo em Beirute, uma área circunstancialmente mais segura, Leila descreve uma rotina cercada por perigos. "Recentemente, houve um ataque a apenas 3 km de minha casa, e os bombardeios continuam sem cessar. O subúrbio de Dahieh, que fica a 7 km daqui, é alvo frequente de bombardeios. Muitas famílias perderam seus lares e estão nas ruas", explica Leila.

Apesar das adversidades, ela ainda consegue circular em seu bairro e áreas adjacentes, embora a insegurança esteja crescendo. "Ainda consigo me mover pelo bairro e arredores, mas a segurança é precária. Eu trabalho em áreas mais afastadas, mas é cada vez mais arriscado. Colegas jornalistas estavam no subúrbio minutos antes de um bombardeio", conta.

 
 
 
 
 
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Quais são as dificuldades enfrentadas pela população?

A decisão de Leila de retornar ao Brasil foi emotiva e complicada. "Além do aspecto pessoal, há um vínculo profissional e afetivo. Comecei a trabalhar como freelancer para veículos brasileiros, cobrindo a região, e isso me aproximou muito do país", comenta Leila.

A saída em massa de pessoas tornou difícil a compra de passagens aéreas. "Consegui um voo para o dia 5, mas ele foi cancelado. Ontem, consegui outra passagem, mas apenas para o dia 18 de outubro", afirma. Isso reflete a dificuldade generalizada enfrentada por aqueles que tentam deixar o país.

Qual é o impacto psicológico e social dos bombardeios?

Os moradores do Líbano relatam bombardeios constantes na fronteira com Israel, além do som incessante de helicópteros e drones. Leila fala sobre a gravidade da situação. Além do trauma psicológico gerado pelos sons dos conflitos, muitos perderam suas casas e enfrentam a falta de abrigos.

"Recentemente, um ataque israelense destruiu um prédio usado como alojamento. As vítimas foram enterradas em covas coletivas. A crise humanitária é severa e sentimos que não há lugar seguro", completa.

Perfil Brasil
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