Brasileiros estão de fora da 6ª lista de autorização para sair de Gaza, mas saída deve acontecer amanhã
Em mais de um mês de guerra entre Israel e Hamas, mais de 11 mil pessoas morreram --10.569 em Gaza e 1,4 mil no país israelense
O drama dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza continua após mais de um mês do inicio da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Nesta quarta-feira, 8, o Brasil voltou a ficar de fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar a região.
Nesta sexta lista, segundo o embaixador brasileiro na Cisjordânia, Alessandro Candeas, foram beneficiados a Ucrânia (228 pessoas), Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).
Mas, segundo a GloboNews, o grupo de brasileiros --formado por 34 pessoas-- recebeu uma mensagem da embaixada afirmando que a saída do território deve acontecer na quinta-feira, 9. O Terra entrou em contato com o Itamaraty para confirmar a informação, mas até o fechamento dessa matéria não obteve retorno.
Na segunda-feira, 6, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, descartou qualquer tipo de represália por parte do governo israelense aos brasileiros que estão em Gaza. "Israel não decide quem entra na lista e não cria obstáculos para isso", aponta Zonshine.
"Autoridades americanas afirmaram que o Hamas estava colocando seus combatentes feridos nas listas de pessoas que precisariam de atendimento médico fora da Faixa de Gaza. O Hamas está impondo diversas condições para liberar a saída dos palestinos com dupla nacionalidade e isso está prejudicando a saída das pessoas", completa o embaixador.
A passagem de Rafah, por onde estrangeiros em Gaza estavam deixando o enclave palestino, foi reaberta nesta segunda-feira, 6, após dois dias fechada.
O fechamento da passagem ocorreu em represália ao ataque israelense a ambulâncias que levariam feridos graves ao Egito, segundo o Hamas, grupo que governa Gaza e autor do ataque surpresa de 7 de outubro contra Israel que deu início a guerra, que já soma 11.728 mortos --10.569 em Gaza e 1,4 mil em Israel.
Os militares do Estado judeu confirmaram o ataque às ambulâncias, mas disseram ter mirado elementos do grupo terrorista escondidos no comboio.