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Bullying e cyberbullying: veja dados e a repercussão da sanção de Lula

Nova lei que criminaliza os atos foi sancionada pelo presidente nesta segunda-feira (15)

15 jan 2024 - 15h03
(atualizado às 16h09)
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, nesta segunda-feira (15), a lei que criminaliza as práticas de bullying e cyberbullying.

Prática tem efeitos duradouros nas vítimas, tanto psicológicos quanto físicos
Prática tem efeitos duradouros nas vítimas, tanto psicológicos quanto físicos
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

Segundo o texto, o ato de bullying é classificado como "intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais".

Já o cyberbullying ocorre "se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social, de aplicativos, de jogos on-line ou por qualquer outro meio ou ambiente digital, ou transmitida em tempo real".

Bullying no Brasil

Segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que reúne dados do ano de 2021, cerca de 38% das escolas brasileiras entrevistadas no estudo registraram casos de bullying. Só em São Paulo, mais de cinco mil instituições presenciaram uma ou mais ocorrências de bullying. Destas, 347 já registraram "várias vezes". Em seguida, vêm os estados de Minas Gerais e Paraná, com 2.158 e 2.124 casos, respectivamente.

Um estudo realizado pela empresa Meira Fernandes, especializada em gestão e solução para escolas particulares, também revela que, no setor privado, mais de 73% das escolas já passaram por um episódio de bullying. A pesquisa ouviu coordenadores de 1.500 instituições.

De acordo com o levantamento, 30% dos casos configuram violência psicológica, 11% ocorrem por racismo e 5% dos alunos sofreram xenofobia.

Cyberbullying

O Brasil é o segundo país com mais casos de cyberbullying no mundo, atrás apenas da Índia. Segundo a agência de estatísticas Ipsos, que entrevistou 507 crianças brasileiras entre 8 e 16 anos, 66% já presenciaram atos de violência na internet e 21% já sofreram cyberbullying.

24% dos entrevistados confessaram que já praticaram atividades consideradas cyberbullying. Destas, 14% admitiram falar mal de uma pessoa para outra, 13% afirmaram zombar de alguém por sua aparência e 7% marcaram alguém em fotos vexatória.

Redes reagem

Após o decreto, especialistas e internautas manifestaram-se sobre o assunto. O advogado especialista em direito digital, João de Senzi, publicou seu ponto de vista sobre mais uma medida de regularização do mundo digital.

Aliados do governo demonstraram seu apoio à aprovação da lei.

Perfil Brasil
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