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DINO

Busca por mão de obra qualificada desafia agronegócio

Setor promissor enfrenta escassez de pessoal e precisa rever práticas de gestão de pessoas para formar equipes de alta performance

22 mai 2017 - 11h41
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De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a população mundial, em 2050, deve ultrapassar 9 bilhões de pessoas. Para suprir a demanda, a produção de alimentos precisa de um aumento de 60% até lá.

Foto: DINO

O Brasil, segundo essa projeção, tem potencial para conquistar o topo do ranking das exportações globais de produtos agrícolas. O cenário, um dos mais promissores, deixa os produtores rurais intrigados com uma questão: se esse é um bom negócio para se trabalhar, porque é tão difícil conseguir a adesão de profissionais qualificados no campo?

Para Fabiana Márcia de Rezende Yehia, coordenadora da Área de Formação Inicial e Continuada do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), a evasão de pessoas do campo para a cidade é um dos fatores que explicam tal escassez. "O êxodo rural é um fenômeno observável, o que culmina no envelhecimento e redução da população que reside e atua no campo", afirma.

A coordenadora acredita que a contínua redução da população rural, associada às migrações e à queda da taxa de fecundidade, diminui os sucessores para a atividade agrícola em todas as regiões. Ela destaca, porém, que os desafios para acessar mão de obra qualificada não estão restritos ao agronegócio, mas também se fazem presentes em outros setores produtivos, como a indústria, o comércio ou a prestação de serviços.

Desenvolvendo talentos: como identificar os perfis férteis

Cada agronegócio, com sua série de particularidades, demanda uma qualificação que muitas vezes só pode ser desenvolvida quando aliada à experiência na função, principalmente por conta da significativa presença da tecnologia.

"As empresas que disparam na frente para obter tecnologia de ponta são as mesmas que buscam profissionais qualificados e interessados para lidar com essas constantes transformações", nota Aline Gabriel Barroso, supervisora de Recursos Humanos com atuação no agronegócio.

Para ver seu negócio crescer, o produtor rural deve investir em desenvolvimento de pessoas, entendendo o que os colaboradores anseiam, para conseguir fidelizar seu pessoal em um mercado no qual a mão de obra é cada vez mais disputada.

Fabiana Yehia lembra que o Brasil conquistou o posto de maior exportador mundial de café, carne bovina e de aves, sucos, açúcar e álcool. "Temos uma pauta diversificada de produtos agropecuários e uma extensa lista de clientes. O país comercializa cerca de 1,5 mil produtos diferentes para mais de 200 mercados na Europa, Ásia, África, Américas e Oriente Médio", pontua.

Para ela, mesclar as demandas do setor com as necessidades de qualificação torna-se imprescindível. "O setor precisa de novos talentos, de gente qualificada, com espírito empreendedor e disposição para contribuir e aprender", defende.

Ela acredita que, nesse cenário, perdem espaço a mão de obra meramente operacional e automática e os profissionais de bagagem somente técnica. Ganham terreno, por sua vez, as funções de caráter estratégico, com visão gerencial e mercadológica, em cada uma das escalas de produção.

A alta rotatividade: múltiplos prejuízos para o agronegócio

O agronegócio precisa, assim, reter as pessoas que conseguiu qualificar e qualificar quem permanece. Para Adalberto Bião, professor e administrador, diretor da unidade de Mato Grosso da Proativa Brasil, que atua na área de educação organizacional, e cofundador do Grupo AgroGente, o primeiro passo do produtor diante desse problema é enxergar pessoas como talentos. Para essa compreensão e para tomar decisões estratégicas é imprescindível, de acordo com o especialista, que o produtor rural responda a alguns questionamentos.

"É preciso pensar: o que a empresa considera como talento? O que cada pessoa deve entregar de valor para o negócio? Qual investimento adequado para fomentar o desenvolvimento interno? Como criar um ambiente estimulante para a inovação ?", lista Bião.

De acordo com Adalberto, para isso, o agronegócio deve contar com um setor de Recursos Humanos estruturado, entendido não apenas como porta de entrada e saída de colaboradores, mas como a área de desenvolvimento humano e organizacional da fazenda.

Ele defende a necessidade de desenvolver programas de aprimoramento com enfoque na alta performance das equipes visando a formação de novos líderes, e não apenas oferecer treinamentos isolados.

O professor ressalta o trabalho de entidades como a CNA e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) no esforço de qualificação do setor no Brasil, além das ações do SENAR e dos sindicatos rurais. Ou seja, os produtores rurais podem contar com uma ampla rede para auxiliá-los na missão de qualificar sua mão de obra e desenvolver pessoas dentro do agronegócio.

Educação Não Formal e Educação Formal

O SENAR oferece cursos e treinamentos classificados como Educação Não Formal e Educação Formal no intuito de contribuir para um cenário de crescente desenvolvimento da produção sustentável , da competitividade e de avanços sociais no campo.

A formação inicial consiste na educação profissional destinada a qualificar jovens e adultos, independentemente de escolaridade, compreendendo aprendizagem rural e qualificação profissional básica. Já a formação continuada é o processo educativo que se realiza ao longo da vida, com a finalidade de desenvolver competências complementares, incluindo, quando necessário, a elevação da escolaridade básica do cidadão.

Fabiana frisa que, somente em 2015, mais de 4,5 milhões de pessoas inseridas no agronegócio participaram dos cursos, treinamentos e atividades ofertados pelo SENAR em todo país.

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