Cadáver em banco: sobrinha tentou fazer três empréstimos e comprar um celular com idoso
Érika Nunes está presa após ter sido flagrada com o tio morto em uma agência bancária no Rio de Janeiro
Érika Souza de Vieira Nunes, de 42 anos, foi presa suspeita de levar seu tio morto para sacar um empréstimo e, antes, teria tentado solicitar crédito em outras duas instituições.
Ao todo, Érika Souza de Vieira Nunes, 42, teria tentado pedir três empréstimos na companhia do seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos. Além disso, testemunhas contaram à polícia que a sobrinha tentou comprar bens, como telefones celulares.
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Segundo o delegado Fábio Luiz da Silva Souza, da 34ª DP (Bangu), Érika esteve no banco Itaú - onde foi flagrada com o idoso morto, no dia 16 -, no BMG e em uma filial da Crefisa. As idas às instituições financeiras teriam ocorrido entre segunda, 15, e terça. As informações são do jornal O Globo.
A Polícia Civil solicitou a quebra do sigilo bancário de Paulo Roberto para ter acesso ao histórico de movimentações. A irmã de Érika Souza, Rafaela, contou em depoimento que o idoso tinha controle da sua conta bancária e era quem ficava com o seus cartões.
Para o delegado, o fato do laudo do Instituto Médico Lelgal não ter comprovado se o idoso já estava morto quando foi levado ao banco não mudará a tipificação do crime.
"O laudo vai ao encontro de tudo que está sendo investigado. Porque a gente já sabia que de imediato que a causa da morte não seria uma morte violenta. Já em relação ao tempo da morte, o laudo diz que ele morreu entre 11h30 e 14h30 da tarde. O perito, não, o médico da SAMU que esteve lá, falou que ele morreu pelo menos duas horas antes da chegada dele. Ou seja, ele chegou lá por volta de 15h30, então o óbito teria acontecido por volta de 13h30", disse ao jornal.
Sobrinha permanece presa
Em audiência de custódia nesta quinta-feira, 18, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu por manter Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, presa, enquanto é investigado se ela levou ou não o tio morto para sacar um empréstimo. A mulher, que se apresentou como sobrinha de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, está presa desde a última terça-feira, 16.
O caso está sendo tratado como tentativa de furto e vilipêndio de cadáver, cujas penas podem chegar a onze anos de prisão.