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Campanha de Trump pede proteção militar por temor de "ameaça iraniana"

Até o momento, não há evidências concretas que corroboram a ligação do Irã com supostos atentados contra o republicano

12 out 2024 - 07h29
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A campanha do ex-presidente Donald Trump gerou polêmica ao solicitar o uso de aeronaves militares para sua segurança nas semanas finais da corrida eleitoral nos Estados Unidos. Esta demanda extraordinária, que também engloba restrições de voo ampliadas sobre suas residências e comícios, bem como o uso de veículos militares para seu transporte, destaca preocupações acusações sem evidências que envolvem a segurança do candidato.

Donald Trump
Donald Trump
Foto: depositphotos.com / gints.ivuskans / Perfil Brasil

Os pedidos de proteção surgiram em meio a preocupações dentro do círculo próximo de Trump alegando, sem provas, que o Irã estaria por trás de duas tentativas recentes de assassinato contra ele. Segundo informações divulgadas pelo The New York Times e The Washington Post, elementos da campanha acreditam que esse seria um esforço para desestabilizar os Estados Unidos. Contudo, até o momento, não há evidências concretas que corroboram a ligação do Irã com esses supostos atentados.

No último mês, Steven Cheung, porta-voz da campanha de Trump, mencionou em um comunicado que o ex-presidente recebeu avisos do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional sobre ameaças específicas e reais vindas do Irã. Trump também reforçou essa narrativa em sua plataforma Truth Social, sugerindo que o Irã estaria orquestrando novos planos contra ele. Entretanto, as agências de inteligência dos EUA não encontraram provas que confirmem tais intenções.

Preocupação com segurança de Trump por contexto geopolítico

A especulação de retaliação iraniana está vinculada ao histórico ataque de drones dos EUA em 2020, que resultou na morte do general Qassem Soleimani, líder da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Desde então, existem preocupações sobre possíveis ações de vingança. Apesar disso, analistas de inteligência destacam que a capacidade do Irã de realizar ataques no território americano é limitada.

Fontes anônimas citadas pelo The Washington Post revelaram que os pedidos de proteção militar se tornaram mais urgentes após briefings que alegavam planos ativos do Irã para eliminar Trump. Tais suposições aumentaram o receio de ataques envolvendo drones e mísseis entre os conselheiros do ex-presidente.

Os recentes pedidos marcam um ponto de discórdia entre a equipe de Trump e o Serviço Secreto dos EUA, que reconheceu falhas de segurança durante um comício em julho, onde o ex-presidente foi alvejado e levemente ferido. Thomas Matthew Crooks, o responsável pelo ataque, foi morto no local, enquanto Ryan Routh, acusado de tentar atirar em Trump em setembro, foi detido e declarou-se inocente.

O porta-voz do Serviço Secreto afirmou que Trump já recebe "os mais altos níveis de proteção", incluindo restrições temporárias de voo e medidas de segurança reforçadas durante seus deslocamentos. Contudo, o pedido recente de intervenção militar para essa proteção indica uma crescente preocupação com a vulnerabilidade do ex-presidente.

A situação levanta questões sobre as implicações de tais medidas excepcionais em um cenário eleitoral e se essas ações refletem uma necessidade genuína de segurança ou uma tática política para sinalizar um estado de alerta constante. A decisão final sobre o pedido ainda está em discussão, considerando seu precedente e potencial impacto na campanha eleitoral em curso.

Perfil Brasil
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