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Canabidiol é efetivo para matar larvas do mosquito da dengue, diz estudo

Folhas de cânhamo (variedade da planta da maconha) tiveram resultado mesmo em larvas resistentes a outros pesticidas

5 out 2024 - 09h34
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Um estudo publicado na revista científica Insects em julho deste ano, destacou o canabidiol (CBD), um composto ativo encontrado nas plantas de cannabis, como uma nova esperança no combate ao mosquito Aedes aegypti. Este mosquito é conhecido por transmitir doenças graves como dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

A pesquisa revelou que as folhas de cânhamo, que fazem parte da planta Cannabis sativa, são 100% eficazes em matar as larvas do mosquito da dengue em até 48 horas após a exposição
A pesquisa revelou que as folhas de cânhamo, que fazem parte da planta Cannabis sativa, são 100% eficazes em matar as larvas do mosquito da dengue em até 48 horas após a exposição
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Cânhamo é 100% eficaz em matar larvas do mosquito da dengue

Nos últimos anos, mosquitos vetores de doenças desenvolveram resistência aos inseticidas e pesticidas tradicionais, desafiando os cientistas a encontrar soluções. O canabidiol, em particular, mostrou-se altamente eficaz na eliminação das larvas do Aedes aegypti, mesmo as que apresentam resistência.

A pesquisa revelou que as folhas de cânhamo, que fazem parte da planta Cannabis sativa, são 100% eficazes em matar as larvas do mosquito da dengue em até 48 horas após a exposição. O efeito foi observado mesmo em larvas que se mostraram resistentes a outros pesticidas.

Por que o cânhamo é diferente da maconha?

Embora o cânhamo e a maconha sejam variações da mesma planta, a Cannabis sativa, eles têm composições químicas diferentes. O cânhamo não contém altos níveis de THC, o composto psicoativo da maconha, o que o torna focado em usos industriais e medicinais. Tanto o cânhamo quanto a maconha contêm CBD, mas este composto não possui efeitos psicoativos, sendo seguro e potencialmente efetivo no combate aos mosquitos.

O estudo aponta que o canabidiol poderia substituir ou complementar os pesticidas sintéticos, oferecendo uma abordagem mais natural e sustentável ao manejo de mosquitos. Além disso, considerando que o CBD é um composto não psicoativo, sua aplicação seria segura em comunidades, sem os efeitos adversos associados ao THC.

Perfil Brasil
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