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Caso Marielle: delator destaca aumento significativo no patrimônio de Ronnie Lessa após o crime

Em depoimento, Élcio Queiroz diz que Lessa comprou carro de luxo, lancha e terreno em Angra depois do crime contra a vereadora

25 jul 2023 - 10h19
(atualizado às 11h06)
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Foto: Reprodução

Na sua delação premiada, o ex-PM Élcio Queiroz, apontado como motorista no assassinato da vereadora Marielle Franco, destacou o aumento significativo no patrimônio de Ronnie Lessa - responsável pelos disparos em 14 de março de 2018 - após o crime.

Lessa adquiriu uma Dodge Ram blindada, uma lancha e manifestou interesse em construir uma casa de praia em Angra dos Reis, segundo a delação de Élcio.

Conforme divulgado pelo Estadão, as informações fornecidas pelo delator sobre as aquisições de bens feitas por Ronnie Lessa estão sendo vistas pelos investigadores como um possível reforço na suspeita de que ele possa ter sido financiado por mandantes

Essa linha de investigação será a próxima etapa na apuração do caso. O ministro da Justiça, Flávio Dino, também confirmou, nesta segunda-feira, 24, que o inquérito está avançando nessa direção.

Detalhes da delação

Na delação, Élcio Queiroz relatou que Ronnie Lessa afirmava categoricamente que não havia recebido nenhum pagamento pelo assassinato. A Polícia Federal (PF) indagou se o delator acreditava nessa versão, e ele prontamente respondeu que não.

“Por que depois do fato, vi um acréscimo muito grande... como se diz...no patrimônio; tinha a Evoque; comprou uma DODGE RAM blindada; uma lancha, uma nova; que a dele tinha virado no quebra mar, que ele refez e quase deu perda total, mandou reformar, vendeu e pegou uma zero; e depois disso viajou com o meu filho”, pontuou.

Queiroz também abordou a situação de um terreno de propriedade de Lessa em Angra dos Reis. Segundo o ex-PM, Lessa tinha planos de construir sua própria casa lá, além de algumas outras casas.

"E a esposa dele reclamando que ele estava vivendo de aluguel, pagando na verdade por duas casas, a 566 onde ele morava, e dois condomínios; que ele estava gastando dinheiro com outras pessoas, mesmo podendo estar na nossa casa, não fazendo a nossa", indicou Élcio.

A delação de Queiroz, que ocorreu após a Polícia Federal reunir novas evidências sobre o caso Marielle/Anderson, forneceu informações essenciais para impulsionar o inquérito sobre o crime ocorrido em março de 2018.

Com base nos relatos, confirmados pelos investigadores, a PF deflagrou a Operação Élpis nesta segunda-feira, 24, anunciando a conclusão das apurações sobre a dinâmica do crime.

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Fonte: Redação Terra
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