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CGU diz não ter recebido demanda por 'pente-fino' em dezembro

Segundo o órgão, responsável por monitorar gastos do governo, pedido de levantamento do fluxo financeiro foi feito diretamente aos ministérios

4 jan 2019 - 19h29
(atualizado às 19h52)
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Apesar do pedido de pente-fino nos empenhos de despesas realizadas pelos ministérios em dezembro, a Controladoria-Geral da União (CGU) informou na noite desta sexta-feira, 4, que "não foi demandada para nenhuma eventual análise específica". De acordo com o órgão, o pedido de levantamento sobre o fluxo financeiro foi feito pela Casa Civil diretamente às demais pastas.

A CGU destaca que o controle primário do gasto deve ser instituído e mantido pelos gestores responsáveis pelas políticas públicas durante a execução das atividades. Já o controle realizado pela CGU é desenvolvido por diversas linhas de atuação, como o Observatório da Despesa Pública (ODP).

A sede CGU, em Brasília
A sede CGU, em Brasília
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado / Estadão

"Esse monitoramento é modulado em três temas específicos: compras governamentais, cartão de pagamento e terceirização. O monitoramento é feito de forma continuada por meio de trilhas de auditoria que geram alertas, caso a despesa se enquadre nos critérios preestabelecidos", disse o órgão em nota ao Broadcast.

A CGU também monitora os gastos com pessoal por meio da análise da consistência da folha de pagamento e com processos de auditoria em aposentadorias, pensões, admissões e desligamento de servidores. O órgão respondeu ainda que o planejamento anual dos trabalhos da CGU é definido com base em fatores de risco como relevância, volumes de recursos e criticidade.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou ontem um pente-fino nas despesas dos últimos 30 dias do governo Michel Temer. Conforme o Broadcast informou nesta quinta-feira, 3, o pedido é visto por técnicos do governo como um processo "normal" de revisão de atos. Segundo fontes disseram à reportagem, é comum que os ministérios acelerem os gastos em dezembro para garantirem o uso do espaço fiscal já autorizado para aquele ano. Por isso, na avaliação desses técnicos, a varredura não deve encontrar irregularidades.

Estadão
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