à enganoso que Brasil colocou Forças Armadas à disposição de Nicolás Maduro
POSTAGENS DISTORCEM DECLARAÃÃO DO MINISTRO DA DEFESA, JOSÃ MÃCIO; ELE DISSE QUE, SE NECESSÃRIO, MILITARES VÃO Ã VENEZUELA PROTEGER EMBAIXADA DO BRASIL EM CARACAS
O que estão compartilhando: postagens dizem que o Ministério da Defesa pode enviar tropas a qualquer momento para a Venezuela. A legenda de um dos conteúdos afirma que âLula irá ajudar o terrorista Nicolás Maduroâ, enquanto os comentários dizem que os militares brasileiros serão ordenados para âreprimir venezuelanosâ e âdefender o ditadorâ.
O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que os militares estão de prontidão para reforçar a segurança da embaixada do Brasil na Venezuela, informou à CNN. Ele afirmou que as tropas serão enviados se forem solicitadas pelo Itamaraty e atuarão na proteção do corpo diplomático do Brasil. A situação na fronteira do PaÃs também âestá controladaâ, segundo Múcio.
A declaração do ministro foi feita em meio ao aumento da tensão após Nicolás Maduro ser declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição alega fraude e outros paÃses não reconheceram a legitimidade do resultado.
Saiba mais: Postagens nas redes sociais distorcem uma declaração do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a disponibilização de militares brasileiros para atuação na embaixada brasileira em Caracas. Os conteúdos não esclarecem que as tropas serão enviadas se solicitadas pelo Ministério das Relações Exteriores para proteger o corpo diplomático do PaÃs na Venezuela. Comentários insinuam enganosamente que o Exército irá proteger o governo Maduro.
Múcio declarou ao canal CNN no domingo, 4, que tropas âestão à disposição do Itamaratyâ para reforçar a segurança da embaixada do Brasil na Venezuela. O embarque dos militares depende da avaliação de necessidade pelo Itamaraty. Se for decidido pelo envio, será necessário solicitar ainda a autorização do governo venezuelano. A reportagem não cita, em nenhum momento, a utilização das Forças Armadas para a âdefesaâ da eleição presidencial de Maduro.
Veja o que já checamos sobre as eleições na Venezuela
A notÃcia informa que, se houver a determinação, os militares também devem proteger a diplomacia da Argentina e Peru. O Brasil assumiu a custódia dos dois paÃses em Caracas após ambos serem expulsos da Venezuela. As nações questionaram o resultados eleitorais anunciados pelo CNE em 28 de julho. O pleito também não foi reconhecido pela União Europeia, que pediu âuma verificação independenteâ, e pelos Estados Unidos que afirmou que a a vitória foi do candidato Edmundo González Urrutia.
As eleições na Venezuela foram marcadas por intimidações aos eleitores e acusações de fraude. Desde a divulgação da reeleição de Maduro, manifestações de opositores e favoráveis ao chavismo acontecem na Venezuela. Segundo a organização independente Foro Penal, 1.010 pessoas já foram presas desde o resultado do pleito e protestos são reprimidos de forma violenta pelas forças de segurança chavistas.