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Autor de atentado contra STF em Brasília não foi morto por bomba que 'quicou' em estátua da Justiça

IMAGENS DO CIRCUITO DE SEGURANÇA MOSTRAM QUE FRANCISCO WANDERLEY LUIZ DEITOU NO CHÃO COM ARTEFATO PRÓXIMO AO CORPO MOMENTOS ANTES DE EXPLOSÃO; VERSÃO É CONFIRMADA POR SEGURANÇA DO STF QUE ABORDOU HOMEM

14 nov 2024 - 16h35
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O que estão compartilhando: que homem que atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 13, Francisco Wanderley Luiz, jogou uma bomba contra a estátua da Justiça, mas o explosivo quicou e caiu em cima dele, o que fez com que ele morresse na hora.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. Câmeras do circuito de segurança da Suprema Corte desta quarta-feira, 13, mostram que Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiü França", morreu quando estava deitado com um explosivo próximo ao seu corpo. Ele foi identificado como o responsável por um ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com uma sequência de explosões.

Saiba mais: conforme registro da Polícia Civil, explosões ocorreram na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30 desta quarta-feira. Após uma sequência de estrondos, a Polícia Militar isolou o local e um corpo foi encontrado.

O corpo foi identificado como o de Francisco Wanderley Luiz, o "Tiü França", catarinense de 59 anos. O carro que explodiu no anexo IV da Câmara dos Deputados pertencia a ele. Uma hora antes do atentado, ele direcionou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao STF e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em suas redes sociais.

Desde o atentado, postagens virais têm espalhado que o homem morreu após jogar uma bomba na estátua da Justiça e o artefato ter "quicado" em sua direção. Isso, contudo, não aconteceu. Câmeras de segurança do STF que flagraram a ação de Francisco Luiz mostram que o catarinense morreu em uma explosão após deitar no chão (veja aqui). As filmagens não mostram nenhum tipo de ricochete do explosivo.

Nas imagens, é possível visualizar que Francisco joga algo não identificado na estátua da Justiça, mas recua após ser abordado por um segurança. Logo em sequência, ele atira dois explosivos em direção à Corte. Depois, o catarinense deita no chão do local com um artefato próximo ao corpo, que explode em seguida.

O registro confere com o depoimento de Natanael da Silva Camelo, segurança do STF, à Polícia Civil do Distrito Federal. Conforme o relato, Francisco explodiu dois artefatos e, em sequência, deitou-se no chão. "(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão", declarou o segurança.

Em 2020, Francisco Luiz concorreu ao cargo de vereador em Rio do Sul, em Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL), atual sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, que à época ainda não era filiado à legenda. Nas redes sociais, o catarinense difundia teorias conspiratórias populares entre a extrema-direita, como o QAnon (sigla para "Q Anônimo").

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Esse boato foi desmentido também pelo Aos Fatos.

Como lidar com postagens do tipo: o atentado ocorrido em Brasília nesta quarta-feira é um assunto em evidência que está sendo amplamente noticiado pela imprensa. Antes de disseminar uma alegação suspeita, faça uma pesquisa em fontes confiáveis. Leia aqui a cobertura do Estadão sobre o caso.

Estadão
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