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Como é calculado o desemprego no Brasil

3 ago 2023 - 19h06
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Desinformadores tem usado dados sobre desemprego nas redes sociais. Aos Fatos explica como esse cálculo é feito nas duas maiores pesquisas sobre desemprego do país, o Caged e a Pnad Contínua (IBGE).

Confira:

Os dados do Caged mostram o cenário do trabalho formal, ou seja, o universo dos trabalhadores de carteira assinada. As empresas informam todo mês ao governo as demissões e contratações de funcionários. Ao reunir todos esses dados, o Ministério do Trabalho e Emprego informa qual foi o saldo da criação de vagas com carteira no mês.

O Caged existe desde 1992, mas por conta de mudanças metodológicas em outubro de 2019 os dados a partir dessa data não são comparáveis com os de anos anteriores.

Os dados do Caged não permitem saber o número de desempregados no país, mas ajudam a entender se há expansão ou retração do mercado formal de trabalho.

A estatística oficial de desemprego no Brasil é calculada pelo IBGE seguindo os padrões recomendados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). A Pnad é mais abrangente do que o Caged e permite saber informações sobre o mercado de trabalho formal (com carteira assinada) e informal.

Para calcular o desemprego, o IBGE divide a população entre os com idade para trabalhar (maiores de 14 anos) e os sem idade para trabalhar. A parcela da população em idade para trabalhar e que está empregada ou procurando emprego forma a força de trabalho. A taxa de desemprego refere-se a parcela de pessoas na força de trabalho que estão sem ocupação.

A Pnad contínua também calcula outras taxas importantes para entender a situação do mercado de trabalho, como a taxa de desalentados (quem desistiu de procurar trabalho) ou subocupados (pessoas que estão trabalhando menos horas do que gostariam).

Em julho deste ano, viralizaram nas redes publicações que enganavam ao comparar a taxa de criação de empregos em 2022 e 2023 e concluiram que o desemprego estaria "disparando" com o governo Lula (PT), o que é falso.

Distorções sobre os dados de desemprego do Brasil também foram feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, que criticou a metodologia da taxa de desemprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dizendo que a forma de cálculo "não é a mais correta" e seria uma "farsa". Mas a declaração falsa foi rebatida pelo IBGE no mesmo dia.

Aos Fatos
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