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É enganoso que Brasil colocou Forças Armadas à disposição de Nicolás Maduro

POSTAGENS DISTORCEM DECLARAÇÃO DO MINISTRO DA DEFESA, JOSÉ MÚCIO; ELE DISSE QUE, SE NECESSÁRIO, MILITARES VÃO À VENEZUELA PROTEGER EMBAIXADA DO BRASIL EM CARACAS

9 ago 2024 - 11h49
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O que estão compartilhando: postagens dizem que o Ministério da Defesa pode enviar tropas a qualquer momento para a Venezuela. A legenda de um dos conteúdos afirma que "Lula irá ajudar o terrorista Nicolás Maduro", enquanto os comentários dizem que os militares brasileiros serão ordenados para "reprimir venezuelanos" e "defender o ditador".

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é enganoso. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que os militares estão de prontidão para reforçar a segurança da embaixada do Brasil na Venezuela, informou à CNN. Ele afirmou que as tropas serão enviados se forem solicitadas pelo Itamaraty e atuarão na proteção do corpo diplomático do Brasil. A situação na fronteira do País também "está controlada", segundo Múcio.

A declaração do ministro foi feita em meio ao aumento da tensão após Nicolás Maduro ser declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição alega fraude e outros países não reconheceram a legitimidade do resultado.

Saiba mais: Postagens nas redes sociais distorcem uma declaração do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a disponibilização de militares brasileiros para atuação na embaixada brasileira em Caracas. Os conteúdos não esclarecem que as tropas serão enviadas se solicitadas pelo Ministério das Relações Exteriores para proteger o corpo diplomático do País na Venezuela. Comentários insinuam enganosamente que o Exército irá proteger o governo Maduro.

Múcio declarou ao canal CNN no domingo, 4, que tropas "estão à disposição do Itamaraty" para reforçar a segurança da embaixada do Brasil na Venezuela. O embarque dos militares depende da avaliação de necessidade pelo Itamaraty. Se for decidido pelo envio, será necessário solicitar ainda a autorização do governo venezuelano. A reportagem não cita, em nenhum momento, a utilização das Forças Armadas para a "defesa" da eleição presidencial de Maduro.

A notícia informa que, se houver a determinação, os militares também devem proteger a diplomacia da Argentina e Peru. O Brasil assumiu a custódia dos dois países em Caracas após ambos serem expulsos da Venezuela. As nações questionaram o resultados eleitorais anunciados pelo CNE em 28 de julho. O pleito também não foi reconhecido pela União Europeia, que pediu "uma verificação independente", e pelos Estados Unidos que afirmou que a a vitória foi do candidato Edmundo González Urrutia.

As eleições na Venezuela foram marcadas por intimidações aos eleitores e acusações de fraude. Desde a divulgação da reeleição de Maduro, manifestações de opositores e favoráveis ao chavismo acontecem na Venezuela. Segundo a organização independente Foro Penal, 1.010 pessoas já foram presas desde o resultado do pleito e protestos são reprimidos de forma violenta pelas forças de segurança chavistas.

Estadão
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