É falso que apenas Brasil use urnas eletrônicas; outros 16 países adotam esse tipo de votação
POSTAGEM DIVULGA DADO INCORRETO PARA ALEGAR QUE HOUVE FRAUDE NA ELEIÇÃO DE SÃO PAULO; DESDE ADOÇÃO DAS URNAS NÃO FOI COMPROVADA IRREGULARIDADE
O que estão compartilhando: vídeo em que um homem afirma que somente o Brasil usa urnas eletrônicas e que isso faz as nossas eleições serem fraudulentas.
O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é falso, porque além do Brasil outros 16 países, em alguma medida, usam urna eletrônica no processo eleitoral. Desde que os equipamentos passaram a ser usados no País, em 1996, não foram comprovadas fraudes no pleito.
O Brasil destaca-se por fazer um uso mais amplo dos equipamentos. Aqui o registro dos votos dos eleitores é sempre feito por máquinas. A cédula de papel só é utilizada quando a urna eletrônica apresenta problemas técnicos. Em outros lugares, o equipamento é usado de forma parcial (em partes do território e em eleições menores).
Em Bangladesh, por exemplo, as urnas eletrônicas foram implementadas em eleições municipais, em 2010. Os equipamentos foram usados pela primeira vez em uma eleição nacional em 2018. Naquele ano, o voto foi registrado eletronicamente em seis distritos eleitorais do País. Em 2023, as eleições foram com cédulas de papel após a oposição protestar contra o uso de Máquinas de Votação Eletrônica.
No Brasil, as urnas eletrônicas foram implementadas em 1996 como uma resposta às fraudes que ocorriam com a votação de papel. Desde então, nunca foi comprovada irregularidade no pleito.
O Verifica entrou em contato com o autor do vídeo, mas não tivemos retorno até a publicação da reportagem
Como lidar com conteúdo do tipo: Recorrentemente, as urnas eletrônicas são alvo de desconfiança. Para que os eleitores não se deixem enganar, o Verifica listou 8 fakes sobre os equipamentos que circularam nas redes socais. Faça uma busca no Google por notícias como essa. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável por realizar as eleições no País, quanto veículos profissionais de comunicação, produzem conteúdos explicativos sobre as máquinas de votação.