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É falso que sistema de filiação do TSE tenha sido hackeado por adolescente

INVESTIGAÇÃO DA PF APONTA QUE JOVEM DE 14 ANOS UTILIZOU DADOS DE ADVOGADA QUE PRESTA SERVIÇOS AO PL PARA FILIAR LULA A PARTIDO RIVAL; NÃO HOUVE INVASÃO

1 nov 2024 - 17h10
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O que estão compartilhando: que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi hackeado por uma criança de 14 anos, que filiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal (PL).

É falso que sistema do TSE foi hackeado, informou a PF em seu site.
É falso que sistema do TSE foi hackeado, informou a PF em seu site.
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. A Polícia Federal (PF) informou que não houve invasão ao sistema responsável por filiações partidárias de eleitores. A filiação do presidente ao PL aconteceu após um adolescente inserir dados no sistema do TSE utilizando o login de uma advogada que presta serviços ao partido. O caso está sendo investigado.

Saiba mais: Como mostrou o Estadão, em julho do ano passado o presidente Lula foi filiado ao PL em São Bernardo do Campo (SP). O TSE acionou a PF para investigar possível crime na filiação do presidente na legenda que é de oposição ao Partido dos Trabalhadores (PT), do qual Lula é fundador.

Não houve invasão no sistema do TSE, segundo informou a Polícia Federal. A filiação se deu após um adolescente de 13 anos inserir os dados do presidente no Sistema de Filiação Partidária (FILIA). O TSE identificou que a ação foi feita com o login da advogada Daniela Leite e Aguiar, que presta serviços ao PL. Em janeiro, a advogada citada disse ao portal Poder 360 que não iria se manifestar sobre o caso.

O caso e possíveis atuações dos envolvidos estão sendo investigados e a PF cumpriu diligências nesta quarta-feira, 30, em Mato Grosso. A Operação que investiga o crime foi nomeada de Operação Infiliatio. A ofensiva apura supostos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade.

Após o episódio, o TSE mudou as regras para a filiação partidária. Antes, qualquer alteração partidária de um eleitor necessitava dos dados de um representante do partido e senha pessoal. Agora, o sistema conta com autenticação em dois fatores com o aplicativo e-Título. Além disso, o cadastro da biometria deve estar regularizado.

Desinformação Silenciosa: o que pedidos de verificação no WhatsApp dizem sobre a democracia em 2024

Urnas eletrônicas contêm dispositivos de segurança que impedem hackers

O conteúdo analisado aqui também critica as urnas eletrônicas. Um texto na publicação no TikTok pedia eleições com votos impressos. Nos comentários, usuários criticavam o modelo de votação usado atualmente: "Não pode ser! (O sistema de filiação) é inviolável como as urnas não é?"; "E a galera confiando nas urnas, aham! Sei".

O sistema FILIA está disponível pela internet. Já as urnas eletrônicas têm um sistema próprio, que não utiliza internet, e não têm hardware (equipamento) necessário para se conectar de maneira remota com uma conexão sem fio.

Veja todas as checagens sobre urnas eletrônicas publicadas pelo Estadão Verifica

Estadão
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