É falso que vídeo mostra Lula e Janja sendo atacados em shopping em Salvador
São enganosas as publicações que mostram um vídeo de pessoas gritando em um shopping junto de uma legenda que diz que as imagens teriam sido gravadas durante uma visita recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama, Rosângela da Silva, à cidade de Salvador. A cena de fato foi gravada em um centro comercial da capital baiana, mas em agosto de 2018, quando o petista estava preso. Nas imagens, frequentadores do centro local gritavam com manifestantes petistas que pediam a liberdade de Lula.
Posts com a alegação falsa acumulam mais de 250 mil visualizações no TikTok e centenas de compartilhamentos no Facebook.
Lula e Janja sendo escorraçados do shopping Barra, Salvador.
Um vídeo antigo que mostra um grupo de pessoas atacando manifestantes dentro do shopping da Barra, em Salvador, tem sido compartilhado nas redes junto a uma legenda para fazer crer que o vídeo seria recente e mostraria a população "escorraçando" o presidente Lula e a primeira-dama, Janja. As imagens foram gravadas no dia 11 de agosto de 2018, quando o petista estava preso em Curitiba.
Por meio de busca reversa, Aos Fatos identificou que a mesma gravação foi publicada nas redes sociais no dia 14 de agosto daquele ano. Três dias antes, militantes petistas realizaram um "trompetaço" no local para protestar contra a prisão de Lula. Relatos divulgados na imprensa local dão conta que alguns frequentadores do centro comercial responderam a manifestação com gritos de "presidiário" e "bando de ladrão", semelhantes aos ouvidos no vídeo.
Antigo. Vídeo que circula atualmente pode ser encontrado nas redes ao menos desde o dia 14 de agosto de 2018 (Reprodução/Facebook)
Essa não é a primeira vez que esse mesmo vídeo foi usado em peças de desinformação: em 2018, publicações disseram que os gritos de ordem teriam sido feitos para o senador Jaques Wagner (PT-BA); e em 2022, também circulou como se fosse um retrato da rejeição de Lula.
O Boatos.org também desmentiu essa publicação.
Referências:
3. Boatos.org
4. AFP Checamos