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Não, Suíça não proibiu exame de mamografia

ÓRGÃO DE SAÚDE DO PAÍS EUROPEU DESMENTIU DESINFORMAÇÃO; CANADÁ, ITÁLIA, ESCÓCIA E AUSTRÁLIA, CITADOS EM POSTAGEM FALSA, CONTINUAM RECOMENDANDO EXAME PARA DETECÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

4 dez 2024 - 13h07
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O que estão compartilhando: que a Suíça teria sido o primeiro país do mundo a proibir a mamografia. Além disso, Canadá, Itália, Escócia e Austrália também teriam suspendido o exame. Estudos provam que o câncer de mama aumentou em mulheres após a mamografia.

O Estadão Verifica checou e concluiu que: é falso porque a Suíça não proibiu a mamografia, que continua sendo recomendada a partir dos 50 anos, segundo o Escritório Federal de Saúde Pública do país. O exame também é feito no Canadá, Itália, Escócia e Austrália, como informam os sites oficiais dos departamentos de saúde dessas nações. O Verifica já publicou que a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde e as principais sociedades médicas do Brasil refutam que a mamografia possa causar qualquer tipo de câncer. A realização do exame é recomendada para prevenir e diagnosticar o câncer de mama precocemente.

Saiba mais: Uma postagem viral nas redes sociais afirma que a Suíça foi o primeiro país do mundo a proibir a mamografia porque estudos mostram que o exame aumenta o índice de câncer. A informação é falsa e foi negada pelo órgão de saúde do país europeu. Também não é verdade que Canadá, Itália, Escócia e Austrália tenham banido o rastreamento.

Em nota enviada ao Verifica, o Escritório Federal de Saúde Pública da Suíça disse que "a mamografia não foi proibida" e explicou que os programas de triagem são estabelecidos pelos cantões - as divisões administrativas do país. O exame é recomendado a partir dos 50 anos e está disponível em 14 dos 26 distritos suíços, sendo que outros quatro estão em processo de implementação dos programas de prevenção ao câncer.

O conteúdo também mente que a mamografia teria sido suspensa em outros países do mundo. O governo do Canadá recomenda o exame para a detecção precoce do câncer de mama. Assim como os órgãos de saúde da Itália, Escócia e Austrália, que indicam o rastreamento regular para indivíduos acima dos 40 ou 50 anos, incluindo pessoas não-binárias e homens trans que não passaram por cirurgia de remoção de mama e mulheres trans que usam hormônios.

No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), recomenda que pessoas de 50 a 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos. O exame é o único que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama, segundo o órgão de saúde.

Exame de mamografia não causa câncer

A postagem falsa afirma que a mamografia está ligada ao aumento do câncer de mama, mas a informação é refutada pela OMS, o Ministério da Saúde e as principais sociedades médicas, como publicou o Verifica. A realização do exame é a forma mais recomendada por entidades nacionais e internacionais para prevenir e diagnosticar a doença precocemente, reduzindo o risco de mortalidade.

O conteúdo falso ainda cita que 50% a 60% dos resultados positivos de câncer de mama pela mamografia estão incorretos. Porém, não isso não é verdadeiro. Os números têm como referência uma pesquisa da Universidade da Califórnia, que descobriu que mais de 50% das mulheres examinadas anualmente por 10 anos nos Estados Unidos receberam um resultado falso positivo. O caso ocorre quando o exame detecta uma anomalia na mama, mas ao longo de todo o diagnóstico conclui-se que não há câncer.

Segundo os pesquisadores da universidade, os resultados falso positivos são comuns. No entanto, as pessoas são submetidas a outros exames adicionais para determinar se o câncer está ou não presente, o que pode durar cerca de um ano. Ou seja, a estimativa não concluiu que metade dos diagnósticos da doença foram incorretos, diferentemente do que sugere a postagem.

O estudo dos cientistas norte-americanos aponta que falsos positivos podem levar à ansiedade e indica a necessidade do desenvolvimento de tecnologias avançadas para aumentar a precisão dos mamógrafos. A pesquisa reforça que a mamografia é "uma estratégia fundamental para reduzir o risco de câncer de mama avançado e a morte pela doença".

Publicações semelhantes também foram checadas pela AFP Checamos, USA Today e Observador PT.

Como lidar com posts do tipo: Não é incomum encontramos publicações nas redes sociais que indiquem não fazer a mamografia, o que é refutado por sociedades médicas. Antes de acreditar, pesquise por orientações das autoridades de saúde e médicos especializados no assunto. O Estadão Verifica já publicou que o rastreamento é melhor forma de detectar a doença precocemente e mostrou cinco fakes sobre o câncer de mama que circulam nas redes sociais.

Estadão
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