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Redes ressuscitam desinformação que liga Carlos Bolsonaro ao assassinato de Marielle

Publicação enganosa voltou a circular após a notícia da prisão de Maxwell Corrêa, suspeito de participar do crime contra a vereadora

24 jul 2023 - 13h20
(atualizado às 14h35)
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Poucas horas após a Polícia Federal anunciar, na manhã desta segunda-feira (24), a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, em operação destinada a investigar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, usuários nas redes voltaram a disseminar uma desinformação antiga que tenta relacionar o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao crime.

No Twitter, por exemplo, dois posts sobre o tema publicados nesta manhã já acumulam mais de 200 mil visualizações e 3.000 compartilhamentos. A mesma peça de desinformação também circula em outras redes sociais, como Facebook e Instagram.

Print de tweet enganoso mostra foto de Carlos Bolsonaro segurando uma pistola e um vaso de flores junto da legenda ‘Só para ninguém esquecer essa foto do Carluxo minutos após Marielle Franco ser assassinada’
Print de tweet enganoso mostra foto de Carlos Bolsonaro segurando uma pistola e um vaso de flores junto da legenda ‘Só para ninguém esquecer essa foto do Carluxo minutos após Marielle Franco ser assassinada’
Foto: Aos Fatos

'Pra ninguém esquecer.' Foto descontextualizada de Carlos Bolsonaro voltou a circular nas redes nesta segunda-feira (Reprodução/Twitter)

De acordo com as publicações enganosas, o vereador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria publicado uma foto segurando uma arma de fogo e um vaso de flores "minutos após o assassinato de Marielle", o que não é verdade. Essas peças, desmentidas pelo Aos Fatos em 2019, usam uma foto publicada no Twitter de Carlos em 2016, quase dois anos antes do crime.

Delação. Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), afirmou que o ex-policial militar Élcio Queiroz, preso em 2019, admitiu em delação ter participado do assassinato da vereadora. No depoimento, Queiroz afirmou que o ex-policial Ronnie Lessa, preso no mesmo ano, e o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa também participaram do crime.

O detalhamento feito na delação motivou a operação realizada nesta segunda-feira, que prendeu Corrêa e realizou ações de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro. É importante ressaltar que, em nenhum ponto da entrevista, o ministro Flávio Dino fez menção sobre a participação da família Bolsonaro no crime.

Aos Fatos
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