Vídeo não mostra caças americanos sobrevoando Tel Aviv
Não é verdade que um vídeo que mostra quatro caças americanos sobrevoando uma cidade tenha sido gravado recentemente em Tel Aviv, capital de Israel. Apesar de Aos Fatos não ter localizado o registro original, indícios presentes nas imagens permitem afirmar que a filmagem foi feita na Califórnia, nos EUA.
Posts que compartilham o vídeo com a falsa alegação acumulavam mais de 2,4 milhões de visualizações no TikTok e 17 mil curtidas no Instagram até a tarde desta segunda-feira (23).
Caças americanos sobrevoando a capital de Israel. Agora o pau vai quebrar!
Um vídeo que mostra quatro aeronaves sobrevoando uma sinagoga tem circulado nas redes como se registrasse caças americanos atuando em território israelense em meio ao conflito entre o país e o grupo extremista islâmico Hamas. A gravação, no entanto, foi feita nos EUA, e não em Israel.
Apesar de não ter localizado o vídeo original, Aos Fatos conseguiu determinar a região em que a filmagem foi feita por meio dos edifícios que aparecem nas imagens (veja abaixo). Em determinado momento da gravação, por exemplo, é possível visualizar a fachada da sinagoga Sherith Israel, localizada em São Francisco, na Califórnia. Segundos antes, as imagens também mostram a Catedral Santa Maria de Assunção e o condomínio The Sequoias, ambos localizados na cidade americana.
Sinagoga. Imagens compartilhadas por peça de desinformação mostram templo judaico localizado em São Francisco, na Califórnia (Reprodução/Google Maps)
Catedral. Outros edifícios que aparecem na gravação atestam que imagens foram feitas nos EUA (Reprodução/Google Earth)
É fato, no entanto, que os EUA anunciaram o envio de caças e de um porta-aviões ao Oriente Médio recentemente. Até o momento, no entanto, não há registros de que as aeronaves tenham participado do conflito entre Israel e Hamas.
Imagens descontextualizadas atribuídas ao confronto têm sido recorrentes nas redes desde o início dos ataques, no último dia 7. Aos Fatos já desmentiu, por exemplo, peças de desinformação que usavam vídeos de conflitos armados na Síria e até gravações de cenas de videogames.
Referências:
2. CNN Brasil