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China apresenta aguardada atualização de suas políticas públicas sem mudanças importantes

21 jul 2024 - 13h07
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A China divulgou um documento de políticas públicas neste domingo, descrevendo ambições conhecidas, desde o desenvolvimento de indústrias avançadas até a melhoria do ambiente de negócios, e analistas não detectaram nenhum sinal de mudanças estruturais iminentes na segunda maior economia do mundo.

A publicação do documento de 60 pontos veio após reunião a portas fechadas do Comitê Central do Partido Comunista, liderada pelo presidente Xi Jinping, que ocorre aproximadamente a cada cinco anos e é conhecida como plenário.

Foi realizada de 15 a 18 de julho, num momento em que a China está à beira da deflação e enfrenta uma crise imobiliária prolongada, um aumento da dívida e baixa confiança dos consumidores e das empresas. As tensões comerciais também estão aumentando, à medida que os líderes globais se tornam cada vez mais cautelosos relativamente ao domínio das exportações da China.

Estes desafios levaram alguns economistas a incitar Pequim a mudar o foco para o aumento da demanda por consumo e para longe de um modelo alimentado pela dívida e liderado pelo investimento que canaliza recursos para a indústria e a infraestrutura à custa das famílias.

O potencial de crescimento a longo prazo da China está em jogo, dizem estes economistas.

Mas o plenário reafirmou a busca da China por "novas forças produtivas", um termo que Xi cunhou no ano passado e que prevê a investigação científica e atualizações tecnológicas do extenso complexo industrial do país.

O objetivo é "promover avanços revolucionários em tecnologia, alocação inovadora de fatores de produção e transformação e modernização industrial profunda", afirma o documento.

Listou como indústrias estratégicas "tecnologia da informação de nova geração, inteligência artificial, aviação e aeroespacial, novas energias, novos materiais, equipamentos de ponta, biomedicina e tecnologia quântica".

"O sistema industrial geral é grande, mas não é forte, é abrangente, mas não é refinado, as tecnologias essenciais e fundamentais são controladas por outros", disse Xi ao plenário, segundo a mídia estatal.

A reunião plenária estava prevista inicialmente para o final do ano passado, mas foi adiada sem explicações.

INOVAÇÃO E CRESCIMENTO LIDERADOS PELO ESTADO

Gary Ng, economista sênior da Natixis para a região Ásia-Pacífico, disse que a reunião plenária mostrou um futuro de "crescimento econômico, inovação e segurança liderados pelo Estado".

"Uma aposta total na manufatura e em novas forças produtivas pode não ser adequada, pois está repleta de incertezas", disse Ng.

O documento também reiterou que os mercados desempenharão um papel decisivo na alocação de recursos, que o governo trabalhará na legislação para melhorar as condições para o setor privado e sinalizou reformas fiscais e financeiras.

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