Chuva chega ao Sudeste e nova frente fria reforça instabilidades
Chuva retorna a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Nova frente deve manter as instabilidades nos próximos dias.
Após um longo período de calor intenso e tempo seco, a faixa Sudeste do Brasil volta a registrar chuvas expressivas. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, que sofriam com a escassez de chuva desde meados de abril, agora começam a ver um alívio nas condições climáticas. Durante mais de 150 dias, várias regiões, como Minas Gerais e boa parte do interior paulista, enfrentaram baixíssimos níveis de umidade do ar e pouquíssima precipitação, agravando o calor e os transtornos climáticos. No entanto, um conjunto de sistemas meteorológicos veio para quebrar esse padrão e trazer alívio à população.
Sistemas meteorológicos quebram o calor
A atuação de um cavado, que é uma área alongada de baixa pressão atmosférica, combinada com a passagem de uma frente fria marítima, trouxe a umidade necessária para a formação das chuvas. Esses sistemas começaram a atuar na última quarta-feira (9 de outubro) e devem continuar influenciando o clima nos próximos dias, mantendo o tempo instável na faixa Sudeste. Além disso, a previsão aponta que uma nova frente fria de características continentais está a caminho, devendo cruzar a região e reforçar a permanência das chuvas. Esse combo de sistemas meteorológicos é crucial para dissipar o calor que predominou por meses.
Primeiras chuvas já mostram acumulados significativos
Os primeiros registros de chuva já indicam volumes expressivos em várias cidades. Cidades como Cananéia (SP) registraram 18,9 mm de chuva nas últimas 24 horas, Petrópolis (RJ) acumulou 25,2 mm, Padre Paraíso (MG) impressionou com 85 mm, e Serra (ES) acumulou 73,9 mm. Em Belo Horizonte, a capital mineira que estava há 171 dias sem chuvas significativas, finalmente houve precipitação, encerrando o longo período de estiagem.
Fonte: GettyImages
Calor recorde em Belo Horizonte antes da chuva
A tarde de terça-feira, 8 de outubro, foi a mais quente de 2024 até agora. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 36,2°C de temperatura máxima, na estação meteorológica de Santo Agostinho, localizada na região central de Belo Horizonte. O monitoramento do clima no local é feito desde 1910. Para efeito de comparação, nas ondas de calor de 2023, a mesma estação registrou 37,5°C em 25 de setembro e 37,3°C em 13 de novembro.
Mais chuva a caminho
A previsão para os próximos dias indica a manutenção do tempo instável, com a chegada de uma nova frente fria que trará mais chuva para a região. Os mapas de acumulados de chuva mostram que o destaque deve ser para o norte do estado do Rio de Janeiro, o sul do Espírito Santo e grande parte de Minas Gerais, onde os volumes de precipitação podem ultrapassar os 60 mm nos próximos dias. Esse cenário favorece a diminuição das temperaturas, proporcionando alívio para o calor e sinalizando o retorno de um padrão mais chuvoso nas regiões centrais do Brasil, típico do período de primavera.
Figura 1 - Acumulado de chuva esperado entre 10 de outubro de 14 de outubro. Fonte: Climatempo
Com a atuação contínua desses sistemas meteorológicos, a expectativa é que o Sudeste finalmente retome uma fase de clima mais ameno, com a chegada de chuvas regulares e a recuperação dos índices de umidade do ar, tão prejudicados pelos últimos meses de seca.