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Brasileiro ganha concurso com óculos inteligentes para cegos

Dispositivo localiza objetos num ângulo de 120º e calcula o melhor trajeto

19 jun 2015 - 18h02
(atualizado às 18h03)
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Dispositivo possibilita mapear os pontos mais críticos de uma cidade, onde exista mais obstáculos
Dispositivo possibilita mapear os pontos mais críticos de uma cidade, onde exista mais obstáculos
Foto: Eco Desenvolvimento

Os óculos inteligentes criados pelo pernambucano Marcos Antônio da Penha, 27, foram os vencedores do WSYA 2014 (World Summit Youth Awards), na noite de quarta-feira, 17 de junho. Com a finalidade de auxiliar pessoas com deficiência visual a se locomoverem, o dispositivo competia com mais 18 projetos em seis categorias.

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O estudante de ciências da computação contou a Folha de S.Paulo como foi receber o resultado. "Eu fiquei feliz demais. Não conseguia parar de gritar." Para o presidente do WSA (World Summit Award), Peter Bruck, o projeto do brasileiro "é realmente um salto em inovação tecnológica".

Chamado de PAW (Project Annuit Walk), o protótipo desenvolvido pelo grupo de pesquisas WearIt, do qual Marcos participa, localiza objetos num ângulo de 120º e calcula o melhor trajeto. Além disso, é possível mapear os pontos mais críticos de uma cidade, onde exista mais obstáculos.

Tecnologias "vestíveis"

O grupo trabalha na criação de tecnologias "vestíveis", acopladas ao próprio corpo, para resolver problemas simples do cotidiano. Dentro desse ramo, os pesquisadores viram na tecnologia assistiva, voltada para um público com algum tipo de deficiência, um nicho de mercado.

Entre os concorrentes dos óculos inteligentes estavam uma iniciativa guatemalteca para reduzir a gravidez na adolescência, um aplicativo indiano de caronas e um documentário dinamarquês sobre a vida nas favelas.

"Eu acho que ele combinou duas coisas de uma maneira muito particular, é realmente um salto em inovação tecnológica. Ele combinou computação com tecnologia de apoio a pessoas com deficiência num modelo de negócio social", destacou Bruck em entrevista à Folha.

Fonte: Eco Desenvolvimento
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