Beleza de pinguins garante espetáculo

Solly Boussidan, Direto da Antártida

Durante a expedição ao qual o Terra participou percorrendo o triângulo formado pelas Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgias do Sul e a península antártica, encontramos sete das oito espécies de pinguim que vivem na região circumpolar do hemisfério ocidental. Esses animais fornecem grande parte dos bons momentos da passagem pelo continente. A primeira curiosidade acerca dessas aves é o fato de que elas vivem exclusivamente no hemisfério sul.

O ar tão puro dessa região tem sempre um odor adocicado e enjoativo – algo entre um mercado de peixes ou patê de sardinhas – que se trata, na realidade, de guano, o excremento das aves. O cheiro vem acompanhado de uma certeza: pinguins estão próximos. Cerca de 20 espécies divididas em seis grandes gêneros são reconhecidas. O maior de todos é o Pinguim Imperador, encontrado no leste da península antártica. O espécime adulto mede em média 1,10 m e pesa 35 kg. Na outra ponta está o Pinguim-azul da Nova Zelândia, medindo apenas 40 cm e pesando 1 kg ou menos.

Entre as diversas espécies extintas, fósseis da subfamília Palaeeudyptinae (pinguins gigantes) chegavam a medir mais de cinco metros. Todas passam metade de suas vidas dentro da água, onde se alimentam principalmente de peixes, pequenos crustáceos, lulas e outros moluscos. Seus pés são recobertos por uma membrana que facilita o deslocamento na água e suas penas são na realidade uma plumagem impermeável que protege contra o frio.

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Foto: Solly Boussidan / Especial para o Terra