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Pesquisa: microorganismo pode resolver problema da poluição

20 abr 2010 - 16h25
(atualizado às 16h52)
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Uma tecnologia natural descoberta na década de 1970 por um horticultor japonês tem demonstrado efeitos cada dia mais vantajosos para seres humanos e para o meio ambiente. Eliminação dos odores de fossas e esgotos, maior desenvolvimento de plantas, melhoria da qualidade do solo e descontaminação dos recursos hídricos são apenas alguns dos benefícios oferecidos pelos microorganismos eficazes.

Em todo meio orgânico estável existem 10% de microorganismos benéficos, 10% de microorganismos nocivos e 80% de neutros. O que acontece é que esses microorganismos facultativos podem ser bons ou ruins e se influenciam pela presença dos outros organismos.

Esta balança funciona e está presente em todos os sistemas orgânicos do planeta, desde o estômago dos seres humanos, passando pelo solo, pelo vaso de plantas do seu quintal e pela água que bebemos todos os dias e até os rios e lagos contaminados das grandes cidades.

O desequilíbrio desse meio pode ser visto, por exemplo, quando ingerimos um alimento estragado e passamos mal. Isso acontece porque os microorganismos nocivos se proliferaram no nosso estômago e induziram o grande grupo dos neutros a segui-losA inserção dos microorganismos eficazes apenas reforça a presença natural desses agentes "do bem" e faz com que a balança penda para o lado positivo.

"Quando se logra isso, temos um ambiente fermentativo, antioxidado e saudável, ou seja, não há gases fétidos nem substâncias nocivas, há apenas substâncias benéficas que ajudam a preservar o meio ambiente e a revitalizá-lo", afirmou em entrevista ao EcoD o engenheiro agrônomo Cid Simões.

Simões, que também é representante da tecnologia EM® no Brasil, conta que o "produto" pode ser utilizado em diversas áreas da nossa rotina. "Onde há matéria orgânica, podemos usar os microorganismos eficazes", afirmou.

Assim, a tecnologia é capaz de eliminar odores em banheiros químicos, esgotos e todo tipo de sistemas sépticos, ajudar no desenvolvimento de plantas e culturas, acelerar a decomposição e compostagem de materiais orgânicos, melhorar a qualidade do solo e da água, controlam pragas, recuperar pastagens, despoluir rios e lagos e até ajudar a prevenir o envelhecimento precoce da pele.

Quem comprova esses benefícios é o economista Mauricio Pimentel. Adepto da técnica de hidroponia, ele começou a utilizar os microorganismos eficazes no cultivo de verduras há cinco meses e se diz surpreso com os resultados. "É fantástico. As raízes estão muito mais limpas, a planta desenvolve mais rápido e dura mais. Os níveis de devolução caíram sensivelmente. A média era entre 15% a 18% e desde que eu comecei a usar o EM® caiu para 9%", contou.

O produtor, que compra o produto desativado e o utiliza tanto na solução quanto na pulverização das plantas, informou ainda que deixou de usar espalhantes adesivos químicos graças à tecnologia natural. "No último verão nós passamos por um surto de mariposa e muitas hidroponias pararam de funcionar. Em um mês eu consegui eliminar a praga devido ao uso do EM®¿, disse ao EcoD.

E para quem pensa que apenas plantas e animais são beneficiados diretamente pelos microorganismos eficazes, Simões informa: "No Japão já existem cremes, xampu, óleos hidrantes e bebidas, tudo baseado no uso dos antioxidantes sintetizados pelos microorganismos e os resultados são fantásticos".

"Porém, nossa maior missão é levar este 'poder' antioxidante para tudo o que comemos e bebemos todos os dias, pois aí está o real e o mais poderoso efeito de antienvelhecimento e da saúde integral das pessoas¿, ressaltou.

Solução ambiental
Além de todas as vantagens para o ser humano, o uso desses microorganismos benéficos pode ser uma alternativa eficiente e sustentável para resolver muitos dos problemas ambientais existentes nos dias de hoje, como a contaminação dos recursos hídricos e o uso excessivo de produtos químicos no solo.

Simões conta que o segredo da tecnologia é utilizar as fontes primárias de contaminação como meio de ativação e multiplicação dos microorganismos benéficos que realizam a descontaminação do corpo d¿água ou de um efluente. "O fato de poder usar a própria 'contaminação com meio de descontaminação', resolve diversos problemas, principalmente o baixo nível de investimentos requeridos", contou.

Com isso, ele diz ser possível despoluir rio como o Tietê "de maneira muito simples e expressivamente barata". Para Simões, para descontaminar esses ambientes é preciso apenas que as empresas que lançam esgoto nos rios usem os microorganismos eficazes em suas estações de tratamento.

"Isso será feito naturalmente e as empresas ainda reduzirão seus custos operacionais. Já descontaminamos rios e baias bem maiores que o Tietê e a Guanabara, pelo mesmo processo. O mais recente e que estamos descontaminando agora é o Lago Titicaca, o maior e mais importante lago da América do Sul", informou.

Além disso, o uso dos microorganismos benéficos pode eliminar completamente a necessidade de produtos químicos, como agrotóxicos, desinfetantes, adubos e cloro. "Quando você usa o EM® no banheiro de sua casa os maus odores desaparecem, a tubulação limpa naturalmente e este efeito segue por toda a cadeia. Já estamos usando o EM® com muito sucesso em estações de tratamento de esgoto, e os resultados mostram que a quantidade de coliformes se reduz a níveis não contaminantes sem a necessidade de cloro", disse.

Os efeitos dos microorganismos eficazes são tão vastos que eles foram usados até em casos de desastres naturais, como no tsunami que assolou a Ásia, no furacão Katrina e no terremoto no Chile. A tecnologia doada ajudou a reestruturar os microambientes e a reduzir o risco de contaminações.

Bom e barato
E quem pensava que tantas vantagens seriam acompanhadas de valores astronômicos, o engenheiro dá uma boa notícia: um litro de microorganismos eficazes concentrados custa apenas R$1,00.

"Com um litro você pode limpar toda a sua casa por mais de um mês, tratar 10 mil litros de água, revitalizar uma tonelada de solo, cuidar de mais de 300m2 de granja ou de um pomar, enfim, o custo é expressivamente baixo e todo mundo pode ter acesso", contou.

Quem não quiser comprar o produto pronto ainda pode tentar uma das muitas receitas caseiras encontradas facilmente na internet. Mas o engenheiro agrônomo aconselha: "é possível, mas não recomendo que se faça".

Simões lembra que para produzir os agentes benéficos corretamente é preciso entender os conceitos de equilíbrio dos microorganismos. "Sem isso, você terminaria criando um 'frankstein' biológico", alerta. A ONG que produz o EM-1 possui um representante na Bahia e envia o produto para todo o Brasil.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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