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Rinoceronte mata cientista húngaro em parque de Ruanda

8 jun 2017 - 08h08
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Um rinoceronte matou um especialista húngaro nesta quinta-feira no Parque Nacional Akagera de Ruanda enquanto o cientista fazia trabalho de campo com os animais, informaram à Agência Efe as autoridades do parque.

O animal que acabou com a vida de Krisztián Gyöngy é um dos 18 exemplares desta espécie levados no mês passado desde a África do Sul para começar o reflorestamento do rinoceronte-negro-oriental, extinto de Ruanda há dez anos.

"Kris tinha um papel crucial nos esforços para reintroduzir os rinocerontes no parque", explicou à Efe por telefone Peter Fearnhead, diretor-executivo da autoridade de parques nacionais de Ruanda.

"Estava fazendo trabalho de campo, treinando os guardas sobre como rastrear os animais", acrescentou Fearnhead, que descreveu a morte como uma perda "tremenda para todo o mundo e especialmente para a conservação do rinoceronte na África".

Os funcionários do parque seguem trabalhando para estabelecer os detalhes pontuais sobre a morte de Gyöngy, que acabava de se mudar para Ruanda após trabalhar em projetos de conservação no Malawí.

O cientista húngaro estava há cinco anos pesquisando a conservação de rinocerontes e deixa mulher e uma filha.

"Enviamos as nossas mais profundas condolências à família", disse o diretor-executivo da autoridade de parques de Ruanda.

Entre novas funções, Gyöngy estava a cargo da formação de guardas sobre como cuidar dos rinocerontes recentemente levados à reserva.

O Parque Nacional de Akagera abrigava na década de 50 cerca de 50 rinocerontes-negros. A população foi diminuindo progressivamente por causa da caça proibida, e o último rinoceronte desapareceu do parque em 2007.

A reserva conta com um hábitat de savana e experimentou importantes melhoras desde 2010.

O turismo é a principal fonte de renda de Ruanda e o Governo redobrou seus esforços para potencializar o setor com o reflorestamento de espécies extintas como os rinocerontes-negros e os leões brancos.

EFE   
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