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Após proibição de queimadas, Amazônia segue pegando fogo

Apenas no primeiro dia de setembro, mês que tradicionalmente registra mais incêndios, foram 980 focos detectados pelos satélites

2 set 2019 - 12h11
(atualizado às 12h18)
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Apesar da proibição do governo de haver queimadas na Amazônia, os focos de incêndio continuam acontecendo, como mostram as imagens de satélite geradas pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No primeiro dia de setembro, houve o registro de 980 focos na região.

Em agosto, o número de focos de incêndio na Amazônia foi quase o triplo do registrado no ano passado. Foram 30.901 focos de incêndio até este sábado, 31, ante 10.421 em agosto do ano passado - alta de 196%. O total de focos também supera a média histórica para o mês, de 25.853, para o período entre 1998 e 2018. É ainda o mais alto desde agosto de 2010 - ano de seca histórica severa, que teve 45.018 focos.

Historicamente, porém, é o mês de setembro que costuma ser o de mais registros de fogo para a região. No ano passado, por exemplo, o números de focos saltou para 24.803 no nono mês de 2018. Observando os dados desde 2005, todos os meses de setembro tiveram mais focos do que agosto. Exceto em 2010, que já tinha queimado fortemente em agosto, viu uma pequena queda em setembro - ainda assim foram 43.933 focos.

Incêncio na Amazônia, perto de Porto Velho 27/8/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Incêncio na Amazônia, perto de Porto Velho 27/8/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Confira o número de focos de queimadas na Amazônia nos meses de agosto e setembro desde 2005

Ano Agosto Setembro
2005 63.764 68.560
2006 34.208 51.028
2007 46.385 73.141
2008 21.445 26.469
2009 9.732 20.527
2010 45.018 43.933
2011 8.002 16.987
2012 20.687 24.067
2013 9.444 16.786
2014 20.113 20.522
2015 20.471 29.326
2016 18.340 20.460
2017 21.244 36.569
2018 10.421 24.803
2019 30.901  

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