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2018 é o quarto ano mais quente da história

Dados publicados pela ONU apontam que os 20 anos com temperaturas mais elevadas da história foram registrados nos últimos 22 anos

29 nov 2018 - 09h05
(atualizado às 09h56)
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GENEBRA - A tendência de aquecimento do planeta continua e 2018 deve entrar para a história como o quarto ano mais quente já registrado. Dados publicados nesta quinta-feira pela ONU apontam que os 20 anos com temperaturas mais elevadas da história foram registrados nos últimos 22 anos. Os últimos quatro anos foram também os quatro com temperaturas mais altas.

Foto: batuhan toker / iStock

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o calor também tem sido seguido por sinais como mudanças climáticas, elevação do nível do mar, degelo em muitas das regiões polares e fenômenos climáticos extremos deixando "um rastro de devastação em todos os continentes":

Para 2018, as temperaturas foram em média 1 grau Celsius acima da base pré-industrial de 1850 a 1900. "Não estamos à caminho para atingir as metas de mudanças climáticas e frear as altas de temperaturas, alertou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas. "A concentração de CO2 batem novos recordes e, se a atual tenderia continuar, poderemos ver uma elevação de temperaturas de 3 a 5 graus Celsius até o final do século", indicou.

Segundo ele, se todos os recursos fósseis forem explorados, a elevação das temperaturas será ainda maior.

O anúncio ocorre na mesma semana que o governo do Brasil anunciou que não irá mais sediar a COP25 em 2019, o que criou um mal-estar diplomático, obrigando a ONU a se apressar para procurar um novo lugar disposto a receber o evento.

O "Estado" apurou que estava tudo planejado para que a entidade chancelasse a conferência no País durante a reunião da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês) que ocorre a partir de segunda-feira, na Polônia e onde estarão 50 chefes de estado, chamada de COP24. Não havia sequer outro candidato, diante de um acordo que foi costurado em diversas capitais.

Mas, com a retirada da proposta brasileira, a entidade se apressa para encontrar uma solução.

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