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Bolsonaro acusa ONGs por aumento de queimadas na Amazônia

Presidente também acusou alguns governadores da região de serem 'coniventes' com os incêndios criminosos

21 ago 2019 - 10h08
(atualizado às 10h47)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro considera que Organizações Não Governamentais (ONGs) que recebiam recursos do exterior podem estar por trás do aumento nas queimadas que ocorrem na floresta amazônica. Segundo ele, a intenção seria fazer uma "campanha" contra o governo federal. Bolsonaro também acusou alguns governadores da região de serem "coniventes" com os incêndios criminosos.

Queimadas na Amazônia, 60% acima da média dos últimos 3 anos, estão ligadas a desmatamento
Queimadas na Amazônia, 60% acima da média dos últimos 3 anos, estão ligadas a desmatamento
Foto: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL - 28/11/2013 / Estadão Conteúdo

"O crime existe, e isso aí nós temos que fazer o possível para que esse crime não aumente, mas nós tiramos dinheiro de ONGs. Dos repasses de fora, 40% ia para ONGs. Não tem mais. Acabamos também com o repasse de dinheiro público. De forma que esse pessoal está sentindo a falta do dinheiro", disse Bolsonaro.

E continuou: "Pode estar havendo, não estou afirmando, ação criminosa desses 'ongueiros' para exatamente chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil. Essa é a guerra que nós enfrentamos", afirmou o presidente a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada.

Ele disse que entidades de apoio ao meio ambiente "perderam a boquinha" e levantou a hipótese de que as mesmas pessoas que têm registrado imagens das queimadas na Amazônia para divulgação estariam por trás do incêndio, alegando que "o fogo foi tocado em lugares estratégicos na Amazônia toda". "Pelo o que tudo indica, o pessoal foi para lá filmar e tacaram fogo. Esse é o meu sentimento."

Questionado se o bloqueio de recursos do Fundo Amazônia pode prejudicar ações de combate ao fogo, Bolsonaro afirmou que 40% dos recursos serviam para "bancar ONGs". "Me aponte uma árvore plantada com esse recurso que veio de fora", desafiou.

O presidente também disse que é "ingenuidade" pensar que países como Noruega e Alemanha enviariam recursos do exterior sem querer algo em troca. "Não existe amizade entre países, existe interesse", disse.

Bolsonaro afirmou que é contra os incêndios criminosos e que fará "o possível" para combater as queimadas, mas que quer "mostrar a verdadeira face" do que supostamente estaria acontecendo através de ONGs. "Temos que combater o crime, depois vamos ver quem é o possível responsável pelo crime. Mas, no meu entender, há interesse dessas ONGs, que representam interesses de fora do Brasil."

Governadores são 'coniventes', diz Bolsonaro

Bolsonaro também afirmou que governadores são "coniventes" com os incêndios na Amazônia. "Não quero citar nome, que está conivente com o que está acontecendo e bota a culpa no governo federal. Tem estados aí, que não quero citar, na região Norte, que o governador não está movendo uma palha para ajudar a combater incêndio. Está gostando disso daí", declarou o presidente.

Ele sugeriu que os jornalistas buscassem as assessorias de imprensa dos governadores da região para perguntar o que está acontecendo e o que os governos estaduais já fizeram. "Tem governo estadual que não fez nada, e pode fazer", disse.

O presidente informou que o governo está discutindo desde terça-feira, 20, de que forma pode ajudar a combater os incêndios, citando os ministérios da Defesa, Meio Ambiente e Justiça.

"A Justiça pode mandar, acredite, 40 homens da Força Nacional para lá. É uma gota d'água no meio do oceano. As Forças Armadas, devemos usar, talvez a partir de amanhã, unidades ali da região, porque não tem como deslocar daqui para lá. Vai faltar comida para o Exército a partir de setembro. É a situação em que nós nos encontramos."

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