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Rompimento de barragem em Sairé inunda casas em Pernambuco

Nas últimas 48 horas, choveu tudo o que era previsto para o mês de junho inteiro no município

15 jun 2020 - 22h48
(atualizado em 16/6/2020 às 08h03)
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RECIFE - Na tarde desta segunda-feira, 15, a barragem Guilherme Pontes, que fica na zona rural de Sairé, no Agreste pernambucano, se rompeu e invadiu a cidade de Barra de Guabiraba, a pouco mais de 114 km do Recife. O rompimento se deu pelo aumento do volume de água, causado pelas fortes chuvas que atingem o Estado. A estrutura represava o Rio Sirinhaém, que corta diversas cidades da região. De acordo com a Defesa Civil, há registros de alagamentos em vários municípios do Agreste e também da Zona da Mata, sendo dez deslizamentos de barragem e oito famílias desabrigadas, mas nenhuma vítima fatal.

"Tem duas pontes que separam uma parte da cidade da outra. Uma das pontes já está debaixo d'água, a outra, que é um pouco mais alta, já está quase coberta, na iminência", relata Maria Daniela Mendonça, que mora em Barra de Guabiraba e já enfrentou outras quatro enchentes antes desta (2010, 2011, 2014 e 2017). "A cidade tá um caos. O menos ruim deste ano é que a cheia começou de manhã cedo, aí deu tempo do pessoal tirar as coisas de dentro de casa, tirar gente, mas ainda assim temos que carregar gente pra cima e pra baixo. Agora tá todo o mundo em alerta, porque, se chover de madrugada, a cidade vai ficar realmente muito alagada", continuou.

Rompimento de barragem em Sairé inunda casas em Barra de Guabiraba, no agreste de Pernambuco
Rompimento de barragem em Sairé inunda casas em Barra de Guabiraba, no agreste de Pernambuco
Foto: Divulgação/Prefeitura de Sairé / Estadão Conteúdo

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos, por meio da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), nas últimas 48 horas o município de Sairé, que fica cerca de 7 km de Barra de Guabiraba, registrou um volume acumulado de chuvas de 112mm, 100% do volume total esperado para o mês de junho. A previsão para a região agreste para esta terça-feira, 16, é de tempo parcialmente nublado com pancadas de chuva de forma isolada no período da tarde e noite com intensidade fraca a moderada.

"Choveu muito o ano todo na região, então os rios estão todos cheios. E, com as últimas chuvas, começou a romper barragem e foi como num efeito dominó. Tem muita gente desabrigada já, uma parte da cidade está ilhada, mas o pior não veio ainda, as casas ainda não estão cobertas, como em 2010", disse Daniela.

Ela ainda ressalta a dificuldade da população em manter as recomendações de saúde da pandemia da covid-19 neste momento: "a gente nem pensa nessas outras coisas na hora, vi aglomeração, fila de carro, o povo sem máscara, um junto do outro, olhando a água subindo na ponte".

De acordo com a Defesa Civil de Pernambuco, os municípios que foram atingidos com os maiores volumes de chuva nas últimas 24 horas estão sendo acompanhados. A partir da central de atendimento da instituição, foram registrados até agora dez deslizamentos de barreiras e oito famílias desalojadas, todos no município de Rio Formoso. Nas demais cidades ainda não há registros oficiais.

Estadão
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