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Varíola dos macacos: 'Foi complicado entender', diz 1º paciente com diagnóstico no Brasil

Administrador de 41 anos, que passou por Portugal e Espanha, teve alta nesta segunda-feira do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo

21 jun 2022 - 09h36
(atualizado às 11h20)
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O primeiro paciente diagnosticado com varíola dos macacos no Brasil teve alta nesta segunda-feira, 20, e deixou o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na zona oeste da capital paulista. O administrador Anderson Ribeiro, de 41 anos, apresentou sintomas da doença, como febre, fraqueza muscular e dor de cabeça, após voltar de uma viagem à Europa. "Foi complicado entender", afirmou ao Estadão.

O Emílio Ribas orientou o paciente a manter um isolamento de mais 14 dias em casa. Trabalhando em home office em uma empresa que atua com a terceirização de processos de recursos humanos, Ribeiro disse estar se sentindo bem e afirmou ter ficado "impressionado" com o atendimento no hospital. "Resolvi falar sobre a minha experiência para deixar as pessoas mais informadas", disse ele, que teve o diagnóstico confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz em 9 de junho.

O administrador e a mãe, que também foi monitorada, passaram por Portugal e Espanha. Ele teve febre três dias depois da sua chegada ao Brasil.

O País tem oito casos confirmados de varíola de macacos - o mais recente foi divulgado nesta segunda-feira, 20, no Rio de Janeiro. Com a confirmação, o Brasil tem quatro registros no Estado de São Paulo, dois no Rio e dois no Rio Grande do Sul. Ao menos outros seis casos estão em investigação.

Desde janeiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recebeu mais de 2 mil notificações de casos em ao menos 42 países.

A médica Cláudia Figueiredo Melo, que atualmente está na linha de frente do combate à varíola dos macacos no Emílio Ribas, aproveita para tranquilizar a população: "O momento agora não é para pânico". Ela também explica que as medidas de proteção contra o coronavírus, como o uso de máscara e álcool em gel, são suficientes para combater a varíola.

 

Cláudia Melo destaca que, segundo a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a nomenclatura correta da varíola dos macacos é monkeypox. "É importante ressaltar isso, já que temos casos de pessoas que estão responsabilizando os macacos pela doença, e já é claro que o contágio, neste caso, se dá pelo contato humano", explica.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, por exemplo. Os sintomas mais comuns da doença são febre acima de 38ºC, dor nas costas, fadiga muscular e dor de cabeça.

Estadão
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