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Cientistas acompanham despertar de buraco negro pela primeira vez

O fenômeno está na constelação de Virgem, a 300 milhões de anos-luz da Terra, e começou a ser observado em 2019

18 jun 2024 - 21h48
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Cientistas divulgaram nesta terça-feira (18) uma investigação de mais de quatro anos, que observou sinais de atividade em um buraco negro de grande massa no centro da galáxia SDSS1335+0728. Esta informação poderá redefinir estudos e conhecimentos atuais sobre o funcionamento do universo.

Os pesquisadores observaram o fenômeno por quatro anos
Os pesquisadores observaram o fenômeno por quatro anos
Foto: Divulgação/ ESO / Perfil Brasil

Localizado na constelação de Virgem e a uma distância de 300 milhões de anos-luz da Terra, este fenômeno começou a ser observado em 2019. A novidade é que, em fevereiro deste ano, o buraco negro começou a emitir raios-x, o que possibilitou novos métodos de observação e análise por parte dos cientistas. A pesquisa foi publicada na revista científica Astronomy & Astrophysics.

O que significa o despertar de um buraco negro?

Os buracos negros são conhecidos por sua capacidade de atrair matéria, incluindo luz, devido à sua intensa força gravitacional. No entanto, na maior parte das vezes, eles permanecem inativos, sem emitir grandes quantidades de radiação. A situação muda, porém, quando um buraco negro começa a "alimentar-se". Este processo, que implica na aquisição de matéria disponível em seus arredores, o torna extremamente luminoso.

Utilizando uma combinação de dados de telescópios espaciais e terrestres, os pesquisadores foram capazes de detectar o brilho sem precedentes emanando da galáxia SDSS1335+0728, o que significaria uma nova movimentação estrelar.

Claudio Ricci, da Universidade Diego Portales no Chile, e Lorena Hernández García, do Millennium Institute of Astrophysics, colaboraram neste estudo e descreveram esse despertar como um "banquete cósmico", onde o buraco negro massivo começou a consumir gás em grandes quantidades.

Qual a importância deste evento para a comunidade científica?

Este fenômeno não apenas proporciona uma oportunidade única de observar um buraco negro em plena atividade mas também contribui para o entendimento da dinâmica em torno desses objetos cósmicos. Paula Sánchez Sáez, do Observatório Europeu do Sul na Alemanha, destaca que as variações observadas na galáxia fornecem dados valiosos sobre como os buracos negros crescem e evoluem ao longo do tempo.

"Prevemos que instrumentos como o Muse (Multi-Unit Spectroscopic Explorer) no VLT (Very Large Telescope), ou os que serão instalados no futuro ELT (Extremely Large Telescope), sejam fundamentais para compreender melhor porque esta galáxia está aumentando seu brilho", disse a pesquisadora em entrevista à CNN.

Ou seja, os cientistas estimam que a relevância deste estudo se estenderá às futuras gerações de instrumentos astronômicos, auxiliando no processo de compreensão de fenômenos semelhantes, que poderiam estar acontecendo mais próximos de nós, como no centro da Via Láctea.

*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini

Perfil Brasil
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