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Cientistas apontam que a crise climática causou um aumento de 12% nas chuvas na Espanha

1 nov 2024 - 21h29
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Recentemente, tempestades devastadoras atingiram a Espanha, revelando a crescente influência das mudanças climáticas nos eventos climáticos extremos. Segundo a World Weather Attribution (WWA), as recentes tempestades foram 12% mais intensas do que episódios similares registrados antes da revolução industrial. Além disso, estudos preliminares indicam que eventos como esses tornaram-se duas vezes mais prováveis devido ao aquecimento global.

Alagamento
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Foto: depositphotos.com / lightkeeper / Perfil Brasil

A análise da WWA, embora ainda inicial, reforça a importância de entender como o clima está mudando globalmente. O que ocorreu na Espanha desde o dia 29 está sendo comparado com dados meteorológicos históricos para determinar a evolução desses eventos desde o período pré-industrial, quando as temperaturas eram notavelmente mais baixas.

O aquecimento global é apontado como um dos principais fatores para o aumento na intensidade das chuvas. De acordo com os cientistas, "uma atmosfera mais quente pode conter mais umidade", resultando em chuvas mais intensas e, consequentemente, em tempestades mais severas. A elevação da temperatura global, causada principalmente pelas emissões de combustíveis fósseis, contribui significativamente para esse fenômeno.

Conclusões dos estudos sobre tempestades na Espanha

Os estudos realizados pela WWA sugerem que as mudanças climáticas podem ser a explicação mais plausível para o aumento da intensidade das tempestades na Espanha. Contudo, dado que se trata de um estudo preliminar, ainda sem o uso de modelos climáticos para simulações em um cenário sem aquecimento global provocado pelo homem, esses achados devem ser considerados com certa cautela.

  • As precipitações extremas aumentaram em frequência e intensidade.
  • Os eventos climáticos extremos são duas vezes mais prováveis agora do que antes da revolução industrial.
  • O aumento das emissões de combustíveis fósseis é um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.

Sonia Seneviratne, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), afirmou à Folha de São Paulo que as descobertas da WWA estão alinhadas com tendências observadas em estudos anteriores. O relatório do IPCC também prevê um aumento nas precipitações extremas em escala global, corroborando a necessidade de uma ação urgente para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Perfil Brasil
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