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Cinco anos sem Ricardo Boechat: relembre a trágica morte do jornalista

Após participar de uma palestra na cidade de Campinas, Boechat retornava, de helicóptero para a Rádio Bandeirantes quando a aeronave começou a apresentar falhas

11 fev 2024 - 11h52
(atualizado às 12h07)
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Há cinco anos, o Brasil se chocava com a trágica morte do renomado jornalista Ricardo Boechat. Após participar de uma palestra na cidade de Campinas, Boechat retornava, de helicóptero, para a Rádio Bandeirantes quando a aeronave começou a apresentar falhas e eventualmente chocara-se com um caminhão no solo, resultando no óbito do jornalista e do piloto.

Jornalista era argentino naturalizado brasileiro
Jornalista era argentino naturalizado brasileiro
Foto: Facebook/Reprodução / Perfil Brasil

Logo após, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou uma investigação para apurar as causas e minúcias do acidente.

O que houve?

Não foi a primeira viagem helicóptero de Boechat no dia. O jornalista embarcou na aeronave do piloto Ronaldo Quattrucci em direção a Campinas, em São Paulo, para ministrar uma palestra na convenção da farmacêutica Libbs.

No fim do evento, Boechat entrou na mesma aeronave com o mesmo piloto, desta vez, com destino à Rádio Bandeirantes, onde trabalhava.

Depois de alguns minutos no ar, o helicóptero começou a apresentar falhas no motor. Quattrucci iniciou uma manobra de autorrotação com o intuito de realizar um pouso de emergência. Seu objetivo era direcionar o veículo para o cruzamento das pistas elevadas do Rodoanel com a rodovia Anhanguera.

Porém, Quattrucci acabou entrando no vão entre as pistas e pousando na via abaixo. Um caminhão que trafegava na estrada acabou colidindo com o helicóptero. Boechat e o piloto morreram na hora, enquanto que o piloto do caminhão sofreu ferimentos leves. Pouco depois, a aeronave pegou fogo.

Investigação

Após apuração, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluiu que o acidente ocorreu, principalmente, por três motivos. Primeiramente, o piloto ignorou recomendações de segurança. Ainda mais, um componente da aeronave estava com o prazo de manutenção vencido. Por último, a negligência da empresa de voo em relação aos procedimentos de vistoria.

Além disso, a empresa, RQ Serviços Aéreos Especializados, não possuía a permissão de realizar táxi aéreo, que é o transporte de passageiros. A licença de voo permitia apenas aerofotografia e aerocinematografia.

Processo

Em 2023, a família de Ricardo Boechat processou a empresa farmacêutica Libbs em R$ 1,2 milhão, a responsabilizando pela morte do jornalista. A empresa negou envolvimento com o fato, pois a empresa de voo foi contratada pela organizadora do evento.

Perfil Brasil
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