Cinco anos sem Ricardo Boechat: relembre a trágica morte do jornalista
Após participar de uma palestra na cidade de Campinas, Boechat retornava, de helicóptero para a Rádio Bandeirantes quando a aeronave começou a apresentar falhas
Há cinco anos, o Brasil se chocava com a trágica morte do renomado jornalista Ricardo Boechat. Após participar de uma palestra na cidade de Campinas, Boechat retornava, de helicóptero, para a Rádio Bandeirantes quando a aeronave começou a apresentar falhas e eventualmente chocara-se com um caminhão no solo, resultando no óbito do jornalista e do piloto.
Logo após, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou uma investigação para apurar as causas e minúcias do acidente.
O que houve?
Não foi a primeira viagem helicóptero de Boechat no dia. O jornalista embarcou na aeronave do piloto Ronaldo Quattrucci em direção a Campinas, em São Paulo, para ministrar uma palestra na convenção da farmacêutica Libbs.
No fim do evento, Boechat entrou na mesma aeronave com o mesmo piloto, desta vez, com destino à Rádio Bandeirantes, onde trabalhava.
Depois de alguns minutos no ar, o helicóptero começou a apresentar falhas no motor. Quattrucci iniciou uma manobra de autorrotação com o intuito de realizar um pouso de emergência. Seu objetivo era direcionar o veículo para o cruzamento das pistas elevadas do Rodoanel com a rodovia Anhanguera.
Porém, Quattrucci acabou entrando no vão entre as pistas e pousando na via abaixo. Um caminhão que trafegava na estrada acabou colidindo com o helicóptero. Boechat e o piloto morreram na hora, enquanto que o piloto do caminhão sofreu ferimentos leves. Pouco depois, a aeronave pegou fogo.
ARQUIVO DO DIA | 11/02/2019
Há 5 anos, morria em São Paulo o jornalista Ricardo Boechat, âncora da BandNews FM e do 'Jornal da Band'. pic.twitter.com/rnn3JSk4ou
— Arquivo Político (@arquivopolitico) February 11, 2024
Investigação
Após apuração, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluiu que o acidente ocorreu, principalmente, por três motivos. Primeiramente, o piloto ignorou recomendações de segurança. Ainda mais, um componente da aeronave estava com o prazo de manutenção vencido. Por último, a negligência da empresa de voo em relação aos procedimentos de vistoria.
Além disso, a empresa, RQ Serviços Aéreos Especializados, não possuía a permissão de realizar táxi aéreo, que é o transporte de passageiros. A licença de voo permitia apenas aerofotografia e aerocinematografia.
Processo
Em 2023, a família de Ricardo Boechat processou a empresa farmacêutica Libbs em R$ 1,2 milhão, a responsabilizando pela morte do jornalista. A empresa negou envolvimento com o fato, pois a empresa de voo foi contratada pela organizadora do evento.