Cinco são indiciados por morte de menina esmagada por carro alegórico no Rio
Inquérito apontou que o carro apresentava falta de manutenção, oferecendo riscos severos de acidente e incêndio
A Polícia Civil indiciou, nesta quinta-feira, 26, cinco pessoas pela morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que foi esmagada por carro alegórico, em abril de 2022, na saída do Sambódromo do Rio de Janeiro. O inquérito de homicídio doloso, conduzido pela 6ª DP (Cidade Nova), foi concluído.
De acordo com as autoridades, os indiciados são:
• Presidente da escola de samba Em Cima da Hora;
• Engenheiro técnico responsável;
• Coordenador da dispersão encarregado pelo acoplamento e guia do reboque;
• Motorista reboquista;
• Presidente da Liga das Escolas de Samba da Série Ouro (Liga RJ).
A Polícia apurou que o cavalo mecânico e o carro alegórico da escola de samba se deslocavam acoplados no sentido destinado à retirada do veículo da dispersão do Sambódromo, na Rua Frei Caneca. O veículo se chocou contra um poste de concreto, esmagando a vítima.
O inquérito ainda aponta que o carro apresentava falta de manutenção, oferecendo riscos severos de acidente e incêndio devido à inadequação de sua construção. Foram descumpridas normas técnicas, assim como cometidas irregularidades no que diz respeito ao Código Nacional de Trânsito, entre outras ilegalidades.
Segundo a Polícia, falhas no acoplamento do carro alegórico, na orientação para o deslocamento do veículo, bem como na permanência de crianças sobre o tablado também constam no relatório final. Além disso, foi apontada a ausência de fiscalização por parte da entidade responsável no dia do evento.