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Citado em denúncias de assédio, número 2 da Caixa deve deixar banco

1 jul 2022 - 12h31
(atualizado às 12h37)
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 Celso Leonardo Barbosa, vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa Econômica
Celso Leonardo Barbosa, vice-presidente de Negócios de Atacado da Caixa Econômica
Foto: Reprodução/Instagram

Após ser citado nas denúncias de assédio sexual que provocaram a renúncia de Pedro Guimarães ao cargo de presidente da Caixa Econômica Federal, o vice-presidente de Negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, também deve deixar o banco estatal.

O afastamento de Barbosa, que ocupa o segundo cargo mais importante da Caixa, será discutido nesta sexta-feira, 1º, pelo conselho de administração da estatal, em uma reunião extraordinária.

Como aponta o colunista Lauro Jardim, do O Globo, é certo que a decisão será a de removê-lo do cargo enquanto as apurações internas não forem concluídas.

Executivo mais próximo de Guimarães na diretoria da Caixa, Barbosa foi citado por uma funcionária como sendo colaborador em alguns das investidas do ex-presidente. 

Outras pessoas também foram apontadas na denúncia feita na ouvidoria da Caixa, mas de forma menos contundente. A estatal alega que todas serão ouvidas nas investigações internas, mas descarta incialmente que sejam afastadas. 

O caso

O portal Metrópoles publicou nessa terça-feira, 28, a notícia de que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto crime de assédio sexual.

As denúncias foram feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal. Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.

Em nota, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.

Alguns relatos das mulheres que denunciaram Pedro Guimarães dão conta de atitudes inapropriadas, situações desconfortáveis e até toques em partes íntimas durante abraços longos do chefe. À TV Globo, vítimas deram detalhes da conduta, como o costume de Guimarães em tocar partes íntimas durante abraços.

"Abraços mais fortes, me abraça direito e nesses abraços o braço escapava e tocava no seio, nas partes íntimas atrás, era dessa forma", disse uma delas.

Outra vítima relatou ainda uma ocasião em que levou um carregador de celular para o presidente da Caixa, a seu pedido, e foi recebida pelo chefe vestindo apenas um samba-canção.

A cúpula de comando do banco estatal sabia do que estava acontecendo - e agiu para acobertar os casos, segundo a coluna de Ana Flor, da TV Globo.

Os primeiros casos foram registrados nos canais de denúncia da Caixa em 2019, ano em que Guimarães assumiu como presidente do banco.

Além de terem sigo ignoradas, as denúncias geravam consequências para as vítimas. De acordo com Ana Flor, as denunciantes eram transferidas, recebiam cargos em outros locais ou ficavam temporadas no exterior. Já quem ajudava a encobrir os casos de assédio recebia promoções dentro do banco.

Fonte: Redação Terra
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