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Climatempo

Clima seco acende o alerta para a temporada de queimadas

Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica foram os biomas que mais queimaram no ano passado

25 mai 2022 - 20h52
(atualizado em 26/5/2022 às 18h51)
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Com o início da estação seca durante o outono, alcançando seu ápice durante o inverno, os focos de queimada aumentam no país, principalmente na Amazônia e no Brasil Central.

Na maioria dos casos, as queimadas são causadas pelo homem, para a limpeza do terreno que será posteriormente usado para agricultura ou por negligência.

A partir de levantamento de dados do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais) é possível perceber um aumento significativo no foco de queimadas em todos os estados brasileiros. Só no Estado de São Paulo, no ano de 2020, houve 6.123 focos ativos detectados por satélite. No ano de 2021, esse número caiu para 5.469, embora ainda seja um valor alto comparado aos últimos 10 anos. De janeiro de 2022 até esta quarta-feira, 25 de maio, já ocorreram 412 queimadas em São Paulo.

Foto: Climatempo

Foto: Getty Imagens

Nos últimos anos, Mato Grosso se tornou o estado com o maior número de focos de queimadas do Brasil. Segundo o Observatório do Código Florestal, de janeiro ao dia 13 de julho de 2021, o estado teve mais de 740 mil hectares de áreas atingidas por incêndios florestais, o que equivale a cerca de cinco vezes a área do município de São Paulo. Do total incendiado no estado em 2021, os biomas mais atingidos são a Amazônia, com 479,9 mil hectares, seguido pelo Cerrado, com 243,9 mil hectares e Pantanal, com 16,7 mil hectares.

Situação por biomas

No período entre maio de 2021 e maio de 2022, de acordo com dados do INPE, na Amazônia, foram registrados 75.930 mil focos de queimadas, sendo o bioma mais atingido do país. Na sequência aparece o Cerrado, com 64.300 mil focos, e a Mata Atlântica, com cerca de 19 mil focos.

As queimadas desencadeiam uma série de alterações e impactos no meio ambiente. Provocam a erosão no solo, influenciam a fauna, acarretando a morte de animais e doenças respiratórias nos seres humanos. 

Infelizmente a notícia não é boa: estamos apenas no começo do período seco e a tendência é de inúmeros focos, principalmente na Amazônia, no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.

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