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Climatempo

Entenda a diferença entre GEE e poluente atmosférico

Eles podem partir das mesma fontes, seus efeitos sobre a saúde humana e ambiental são diferentes, mas ambos são perigosos e precisam ser reduzidos.

13 mai 2022 - 01h27
(atualizado às 05h27)
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Muitas pessoas confundem os GEE (gases de efeito estufa) com os poluentes atmosférico  comuns. Eles podem partir das mesma fontes, seus efeitos sobre a saúde humana e ambiental são diferentes, mas ambos são perigosos e precisam ser reduzidos.  Entenda a diferença entre GEE e os poluentes atmosféricos.

Foto: Climatempo

Foto: Getty imagens

Embora muitas vezes as fontes emissoras sejam as mesmas, gases de efeito estufa (GEE) são diferentes de poluentes atmosféricos. Os gases de efeito estufa são os causadores do aquecimento global. Já os gases (e materiais particulados) poluentes são tóxicos e, portanto, diretamente responsáveis por danos à saúde humana e ambiental.

Os GEE contribuem para a manutenção da Terra em temperaturas habitáveis, pois possibilitam que se mantenha no planeta parcela importante da energia proveniente dos raios solares que aqui incidem. Mas, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), as atividades humanas estão emitindo GEE em demasia, desequilibrando essa quantidade de energia mantida no planeta, o que causa mudanças climáticas e seus eventos extremos como chuvas em excesso.

Os principais GEE emitidos por atividades humanas são: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), mas também existem outros como os hidrofluorcarbonetos (HFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6).

O dióxido de carbono (CO2) é emitido, por exemplo, pela queima de combustíveis ou pelo desmatamento. Mais da metade das emissões brasileiras de metano (CH4) são decorrentes do arroto de bois e vacas, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). 

Vale lembrar que uma tonelada de metano possui potencial de aquecimento do planeta 28 vezes maior do que uma tonelada de dióxido de carbono. Já uma tonelada de óxido nitroso (N2O) é 265 mais "aquecedora" que a mesma quantidade de CO2.

Por isso, usa-se o termo dióxido de carbono equivalente (CO2e) para quantificar em uma medida única as emissões de diferentes gases de efeito estufa. 

Gases poluentes

Já os gases poluentes são aqueles que, ao serem respirados, causam mal diretamente para nossa saúde, além de outros problemas ambientais.

Atualmente, sete poluentes atmosféricos são regulados no Brasil: partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), fumaça, dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3).

Nas grandes cidades brasileiras, a maior parte desses poluentes é emitida devido ao uso de combustíveis fósseis pelos transportes.

Cidades onde há predomínio do transporte individual motorizado, por exemplo, costumam emitir mais poluentes atmosféricos do que cidades equivalentes que priorizam a mobilidade coletiva. Isso porque, por passageiro transportado, um ônibus tende a emitir menos do que um automóvel.

Os gases poluentes também podem ser emitidos pelas queimadas, como as que têm ocorrido na Amazônia, ou pelas indústrias e usinas termelétricas.

Por fim, vale ressaltar que os gases poluentes permanecem menos tempo na atmosfera do que os gases de efeito estufa, uma vez  que podem ser dissipados após chuvas ou pelo vento.

Fonte: Iema - Instituto de Energia e Meio Ambiente

Foto: Climatempo
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