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Expansão das manchas de óleo preocupa outros estados do BR

Governo de SP cria grupo de trabalho para monitorar praias paulistas

1 nov 2019 - 16h25
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A expansão da mancha de óleo pelas praias do litoral do Nordeste preocupa cada vez os governos estaduais, mas não só apenas do Nordeste. Outros estados que possuem área costeira já começam a se mobilizar para entender o impacto deste desastre ambiental. As últimas informações apontam que o óleo já chegou a praias da região de Porto Seguro, no litoral sul da Bahia. A pergunta que muitas pessoas devem estar se fazendo é se o óleo pode descer o litoral e chegar as praias da Região Sudeste e do Sul do Brasil.

Foto: Climatempo
Foto: Instituto Bioma/ Fotos Públicas

Governo de SP cria grupo de trabalho para monitorar mancha de óleo

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (SIMA), publicou no Diário Oficial, uma resolução que constitui um Grupo de Trabalho multidisciplinar com o objetivo de levantar informações e elencar as medidas necessárias à prevenção e respostas ao acidente com derramamento de petróleo que atingem a costa brasileira.

"Embora a responsabilidade constitucional sobre acidentes de grande magnitude em mares seja da União, estamos monitorando o avanço das manchas de óleo na costa brasileira e a chegada no sul da Bahia acendeu o sinal de atenção. Nossas equipes articulam medidas preventivas. Se eventualmente for necessário estaremos preparados para atuar em parceria com a União", explica o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido.

O grupo de trabalho de São Paulo está sob a coordenação do secretário executivo da SIMA, Luiz Ricardo Santoro, e tem como membros representantes da coordenadoria de fiscalização, CETESB, Instituto Florestal, Instituto Geológico, Fundação Florestal, SABESP, EMAE e DAEE.

O grupo vai promover nos próximos dias debates e diálogos com as prefeituras, comunidades tradicionais, pescadores, polícia entre outros atores que podem auxiliar na preservação ambiental.

Calor influencia a forma do óleo

As manchas de óleo de origem ainda desconhecida espalhadas pela costa do Nordeste já provocaram um grande desastre ambiental. Segundo o mais recente balanço divulgado na última quinta-feira (31), pelo Ibama o óleo já atingiu 286 localidades, em 9 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

No Nordeste, já há caso de reincidência, segundo o IBAMA. Muitas praias que já foram limpas estão novamente com registro de óleo. O Rio Grande do Norte é o estado com mais reincidências: ao todo 36, mas a Bahia lidera a lista dos estados mais atingidos, mas também possui 24 localidades com reincidência. O desastre ambiental é imensurável para o meio ambiente.   

O óleo é tóxico e o contato com o produto é prejudicial à saúde. A população deve estar atenta para evitar tomar banho na costa onde há registro do petróleo. Em conversa por telefone com o coordenador de Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Ricardo César de Barros Oliveira,  as manchas apareceram na costa em forma de óleo quase sólido. E isto, acontece por causa dos efeitos do clima, da luz e do sal. O material volátil do petróleo escapa com o aumento da temperatura e isolação. O que sobra é o material sólido que será agregado a outros materiais sólidos que estão na coluna da água como o sal. 

Como o óleo já está um tempo na água, o material sofre as ações e vai sendo degradado e chega à forma mais consistente e menos fluído a costa e principalmente nas faixas de areia das praias. E ainda assim, continua se degradando por fatores físicos, químicos e biológicos. 

Em outras palavras, "quando o material volátil sofre a ação da luz, calor e do material orgânico no caso, o próprio sal, o que se observa é um material já temperizado, quase solidificado. Um tipo de material na forma mais consolidada", explica Barros de Oliveira. 

Ainda segundo ele, o que está ocorrendo é a contaminação da areia das praias, onde o óleo fica depositado. "Com o calor intenso, o óleo esquenta e amolece um pouco. Mas se a água salgada bate, ele fica sólido. O risco maior para as pessoas é quando pisa", explica Ricardo. 

Um grupo técnico do IMA, Ibama, ICMBIO, Defesa Civil, governos e Marinha estão trabalhando em conjunto para investigar e mitigar os impactos. Todos os dias existe um trabalho de sobrevoo para identificar possíveis novas áreas e observar o movimento do óleo pela costa e aplicar as ações necessárias. 

As populações dos estados afetados devem estar atentas aos alertas emitidos sobre condições das praias. A orientação do governo é que, para banho, não está tendo problema. Agora, existe uma orientação para que os banhistas não cheguem à areia porque ela está contaminada com manchas de óleo.   

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