Inverno de 2016 com El Niño ou La Niña?
Entenda a evolução do El Niño nos próximos meses
O El Niño atingiu seu máximo em dezembro de 2015 e vai enfraquecendo nos próximos meses. Mas este processo é lento e tecnicamente o fenômeno ainda está forte e tem muita influência no restante do verão da América do Sul.
No mais recente relatório da NOAA, dos Estados Unidos, de 8 de fevereiro de 2016, o índice ONI, que mede a força do El Niño, foi de 2,3°C. Foi o maior valor de ONI atingindo até agora pelo e comparável ao do episódio mais intenso que se tem registro, que foi o El Niño de 1997/1998. Este índice é uma média trimestral e considera vários fatores normalmente usados para monitorar o El Niño.
Os principais centros de monitoramento do clima do planeta concordam que o fenômeno El Niño continuará enfraquecendo no decorrer do outono. Isto significa que a temperatura da água do oceano Pacífico Equatorial esfria gradualmente e deve atingir uma condição de neutralidade até o início do inverno de 2016.
O gráfico mostra a probabilidade de ocorrência dos fenômenos El Niño (barra vermelha), La Niña (barra azul) e a situação de neutralidade (barra verde). Repare que condição de neutralidade (verde) predomina em meados de 2016 e que a tendência La Niña cresce até o fim do ano.
Com a perspectiva de neutralidade oceânica no Pacífico Equatorial, o que se projeta para o outono/inverno no Brasil? Nosso inverno será rigoroso?
Há um expectativa também de que no fim de 2016 já estejamos num processo de La Niña, o fenômeno oposto ao El Niño. As águas do Pacífico Equatorial devem ficar mais frias do que o normal. Se as projeções se confirmarem, o ano de 2016 terminará numa condições oceânica-atmosférica completamente diferente da que se observa neste início de ano.
A meteorologista da Climatempo Patricia Madeira comenta sobre as mudanças na temperatura do oceano Pacífico e o que esperar do inverno de 2016.
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