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Climatempo

Novos resultados de análise de óleo do Nordeste

Dados coletados em SIF indicam baixos níveis de HPAs, não representando, até o momento, riscos para o consumo humano

21 nov 2019 - 12h57
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Configurado como o maior desastre ambiental do litoral brasileiro, o óleo cru que tem atingido a costa brasileira desde o final de agosto, já contaminou mais de 490 localidades de 10 estados, segundo o IBAMA. No último final de semana chegou ao Delta do Parnaíba, único em mar aberto das Américas.

Uma situação que, assim como em todo o Nordeste e outras regiões que já estão contaminadas (já chegou ao Espírito Santo), afeta diretamente a vida dos pescadores e pescadoras, marisqueiras e caranguejeiros, que sobrevivem quase que exclusivamente deste recurso. Uma situação que, impactando os ambientes e ecossistemas marinhos, desestrutura a vida das pessoas e suas comunidades, o turismo e a economia local.

A situação do óleo no litoral brasileiro será, até pela urgência de soluções, uma das mais importantes pautas dos mais de 300 pescadores e pescadores artesanais que estarão em Audiência Pública na Comissão de Legislação Participativa (CLP) do Congresso Nacional, hoje. 

Foto: Climatempo
Fonte: instituo Bioma 

Resultados

Novos resultados de amostras de pescado capturado na costa do Nordeste afetada pelas manchas de óleo revelam níveis baixos de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA) - indicadores para, entre outros, contaminação por derivados de petróleo.

As coletas foram realizadas nos dias 28 e 29 de outubro em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e analisadas pelo Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais (LabMAM) da PUC-RJ, por solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

No total, já foram analisadas 20 amostras de pescado pelo LabMAM/PUC-RJ. Os valores de HPAs encontrados em todas as amostras testadas estão abaixo dos níveis de preocupação definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não representando, até o momento, riscos para o consumo humano.

Os exames foram realizados em amostras de peixes (Ariacó, Budião, Dourado, Garoupa, Pargo e Saramonete), lagostas (Verde e Vermelha) e camarões (Rosa e Sete Barbas) coletadas em estabelecimentos sob Inspeção Federal nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Amostras para monitoramento da segurança do pescado recebido em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) continuam sendo colhidas e analisadas.

O Mapa informa ainda que iniciou coletas de moluscos bivalves de cultivo e capturados na natureza (sururus, berbigões, amêijoas, lambretas, sernambis, mexilhões, ostras etc) e camarões de cultivo localizados na área afetada para teste de HPAs. Os resultados das análises serão divulgados pelo Mapa tão logo obtidos.

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